Desde que o primeiro videogame foi lançado sua premissa era de que a vida das pessoas mudasse de alguma forma, obviamente para melhor. A capacidade de simulações, seja de vida como em “The Sims” ou direção como em “Gran Turismo“, pode proporcionar aos jogadores coisas que talvez não pudessem fazer na vida real. Só que infelizmente ocorrem exceções em que algumas pessoas não conseguem diferenciar games de realidade.
Casos horríveis acontecem todo o tempo em toda a parte do mundo. Homicídios, acidentes, atentados. A maioria dos causadores desses fatos são jovens que tem como hobby jogar videogames, coincidentemente games violentos. Mas aí é que surge a pergunta: videogames influenciam pessoas a cometer crimes?
O caso mais recente foi o de Newtown, no estado de Connecticut, nos Estados Unidos, onde um jovem de 20 anos invadiu uma escola e abriu fogo contra funcionários e crianças. Resultado: 26 mortos, dentre eles crianças. Adam Lanza, o assassino, era viciado em “Call of Duty” e qualquer jogo de guerra. Sabia sobre todo tipo de arma existente sem nem ao menos ter tocado em uma sua vida toda. O tabloide The Sun culpou o game da Activision por ter influenciado Lanza a matar.
Eu, como um gamer que vem da época do Super Nintendo, Mega Drive, e que já jogou qualquer tipo de game possível, sinceramente acredito que games não influenciam e nunca vão influenciar pessoas a tomar ações baseadas em seu conteúdo. Eu nunca quis pegar em uma arma e sair na rua atirando em pessoas e roubando carros aleatoriamente só porque jogo “Grand Theft Auto“. E com certeza você que está lendo também não tem ideias tão fracas assim.
Estudos psicológicos apontam que pessoas que se dizem motivadas a cometer crimes por causa de jogos eletrônicos já sofrem de algum transtorno emocional ou passam (passavam) por rejeição em algum círculo social. Tais problemas podem distorcer a visão da realidade para essas pessoas, que passam a acreditar que os games que jogam são algum tipo de ensinamento ou realidade em que devem se espelhar.
No caso pode-se concluir, claramente, que o que causa tais problemas do jogador com a sociedade não são os jogos e sim as pessoas ao seu redor ou ele mesmo. O game violento não influencia ninguém a dar uma de Rambo nas ruas da cidade. Muito pelo contrário, games violentos funcionam como uma espécie de descarga para a raiva e frustração. Atirar em zumbis ou detonar soldados inimigos descarrega todo o estresse e raiva do dia-a-dia de qualquer um.
Agora eu lhes pergunto: games influenciam pessoas a cometer crimes?