ATENÇÃO: Não darei muitos detalhes do filme, mas mesmo assim o texto a seguir contém spoilers! Quem não assistiu e não quiser ler, dê meia volta pra não se decepcionar!
“Resident Evil 5: Retribuição” estreou oficialmente nos cinemas ontem e causou alvoroço entre os fãs da franquia mais rentável e famosa da Capcom. O filme finalmente trouxe personagens populares como Leon S. Kennedy, Ada Wong e Barry Burton nas versões de carne e osso, mas como já é de praxe Alice é quem tem os holofotes todos pra ela. E como já era de se esperar, como detesto as adaptações de Paul W. S. Anderson, o filme não superou as expectativas. Foi ainda pior. Alice (Milla Jovovich) é a super-heroína ninja da história e acaba sendo capturada pela Umbrella mais uma vez e precisa escapar novamente de um laboratório. Para ajudar Alice, Albert Wesker (Shawn Roberts) enviou um grupo de mercenários liderados por Leon S. Kennedy (Johann Urb, e WTF?!). Ada Wong (Bingbing Li) também está nesse grupo (plausível pois nos games ela trabalhava para Wesker) e precisa explicar trocentas vezes para Alice que o laboratório em que se encontram simula as maiores cidades do mundo (e Ada usa seu vestidinho no friozão do norte da Rússia).
Jill Valentine (Sienna Guillory) agora é controlada pela Umbrella e liderou o ataque ao comboio de Alice, o que resultou na captura da mocinha. Sienna não é tão boa atriz quanto se espera e parece ter alguns problemas ao encenar disparos, mas convence bastante com suas cenas de luta que são no mínimo eletrizantes. O Barry Burton (Kevin Durand) parece ter sido o que mais deixou sorrisos no rosto dos fãs de “Resident Evil”. O ator encenou muito bem o experiente membro da STARS, usando todo o figurino do primeiro game, inclusive sua Colt Python que era sua melhor arma no game.
Wesker parecia ter morrido em “Resident Evil: Recomeço” mas retornou nesse filme como o salvador de Alice (WTF!?²). O personagem ganharia uma adaptação impecável nos filmes se não fosse por dois problemas: Shawn Roberts é muito parecido com o Gugú e precisa emagrecer um pouquinho pra ficar robusto como o maior inimigo de Chris Redfield (que era magrelo e quase careca no filme anterior). Fora isso, Roberts consegue passar a imagem de malvadão de Wesker mesmo aparecendo pouquíssimas vezes no longa. E os interesses de Wesker em salvar Alice deixaram muitos espectadores intrigados durante o filme.
O enredo do filme apresentou defeitos em várias partes. Como no terceiro filme dirigido por Paul Anderson, Alice diz que o T-Virus assolou e secou rios e mares, além de destruir a natureza e que apenas o Japão tinha escapado desse apocalipse. Não é o que vemos neste quinto filme. O clima na Rússia parece tão normal quanto antes e as cidades estão todas lá, sem deserto nenhum (depois eu falo que detesto os live action e vem nego me falar abobrinha…). O filme conta com várias cenas de tiroteio, lutas, perseguições, mas o terror, característico dos games, que é bom, nada. Incrivelmente fraco, “Resident Evil 5: Retribuição” deixou a desejar. E é que nem muitos dizem por aí: “Se os filmes não tivessem o título de ‘Resident Evil’ com certeza seriam salvos”. Então creio eu que antes de os haters meterem o pau no rumo que a franquia levou nos videogames, deveriam dar uma olhada nos filmes primeiro. Provavelmente vão preferir os jogos, assim como eu.