A Nintendo lançou a cerca de 1 mês, no Reino Unido, um canal direcionado para gamers do sexo feminino que vem dando o que falar desde então. Vários gamers de ambos os sexos ficaram indignados com o canal, alegando que ele vem estereotipando não só as mulheres gamers como os próprios jogos.
O Canal Nintendo Girls Club, como diz em sua descrição, é voltado especialmente para meninas com as novidades do mundo gamer. Apresentado por Mandy e Jorgie Porter, o canal tem a maioria de seus vídeos com mais dislikes do que likes e nenhum comentário.
No vídeo a baixo a atriz britânica Jorgie Porter, em seu quarto super fofo, joga Animal Crossing: New Leaf e mostra como você pode decorar a sua casa e enchê-la de rosa e fazer compras em uma boutique, como se esses fossem os pontos mais importantes para as gamers.
Em uma matéria publicada pelo site Yahoo Shine, que é justamente voltado para o público feminino, uma leitora disse que se sentiu envergonhada de ter assistido ao Nintendo Girls Club. Além disso Jenny Haniver, fundadora da comunidade dedicada a gamers do sexo feminino, Not In the Kitchen Anymore, disse:
“Muitas empresas de videogames querem atender a mulheres, mas eles não sabem como. Só que você não pode simplesmente pintar tudo de rosa e adicionar pôneis e um shopping e esperar que as meninas fiquem animadas”.
Ao meu ver, como mulher e gamer, a Nintendo deu um tiro no próprio pé apesar de ter a melhor das intenções. Não é o fato de um jogo ser fofinho, cor de rosa ou cheio de unicórnios que faz com que o público feminino se sinta atraído, mesmo que exista este nicho não são essas as características que resumem o público gamer do sexo feminino.