5 coisas que os esportes tradicionais podem aprender com o CBLoL

Felipe Vinha
Felipe Vinha
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A paiN Gaming levou a taça no início de agosto, e a Riot Games deixa sua lição com League of Legends, que teve sua Final Regional realizada em 8 de agosto, no Allianz Parque, o estádio do Palmeiras, em São Paulo. A Pain Gaming levou a melhor em cima da INTZ, com vitória de três a zero, em partidas no esquema “melhor de cinco”. Além da empolgação dos fãs, o torneio, que está mais para evento geral, deixa cinco valiosas lições para os esportes tradicionais e suas organizações.

Lição 1: o fã é a alma do esporte

Sem alguém para torcer, o esporte perde pelo menos metade da graça. O time pode ir ao estádio jogar e ninguém ver, mas o grito da torcida vai empurrar muito mais o jogador ou esportista, seja ele de qual modalidade for – futebol, basquete, atletismo, natação etc. A Riot Games sabe valorizar isso com League of Legends e acredita que seus fãs são a alma do negócio. Prova disso é a valorização que todos recebem, com brindes, possibilidade de comprar itens personalizados de personagens e equipes, tratamento adequado na entrada do local das partidas e por aí vai.

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Lição 2: há torcidas, mas o sentimento é único

Ao menos por enquanto, não vimos brigas em partidas de eSports no Brasil. Infelizmente essa é uma cena já até comum no meio de outros esportes, como o caso do futebol. Em uma partida de League of Legends, cada time tem sua torcida, mas ninguém nem se xinga. A equipe adversária roubou o barão? Talvez uma palavra mais exaltada pudesse ter saído da boca do torcedor da paiN, mas dificilmente ela foi direcionada ao torcedor da INTZ que está ao seu lado. E digo mais: ele pode ter virado para o seu “colega adversário” para comentar o lance, “você viu isso?”, com olhos arregalados.

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Lição 3: é importante impressionar

O título já diz tudo, pois é realmente importante impressionar. Estávamos diante da final de uma importante partida, que definia não apenas o campeonato brasileiro, mas também uma possível vaga no Mundial de League of Legends. Para isso a Riot preparou de tudo: show de rock, pirotecnia, apresentação dos jogadores, depoimentos, entrevistas e até mesmo uma filmagem aérea, mostrando os carros das equipes chegando ao estádio à lá Copa do Mundo de Futebol. Wagner Velloso, ex-goleiro do Palmeiras, estava no estádio para conferir com seu filho, e em diversas entrevistas se disse impressionado, por exemplo. Não é para menos, certo?

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Lição 4: valorização das equipes

Aqui não há favoritos. Apesar da INTZ ter “entrado em campo” com um saldo de vitórias maior que o da paiN – seis, contra seis ao longo do torneio –, ninguém elegeu vencedores antes da hora, muito menos a Riot, que apresentou os times em pé de igualdade. Seus narradores oficiais também não mencionaram “saldo de vitórias” ou levantaram uma bandeira de favoritismo. O respeito pelas duas equipes permeou os debates e as análises. Mas é claro que isso não impediu os comentários pós-vitória da paiN. E que vitória, viu?

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Lição 5: organização acima de tudo

Com o evento realizado no Allianz Parque, a Riot Games chega ao seu ápice no Brasil. Tudo estava perfeito, desde posição do público, telões (um deles o maior da América Latina, com medidas de 20 por 11 metros), som, camarim, apresentações e, por fim, a premiação. O acesso do público aos palcos dos jogos também foi contido, facilitando o trabalho dos profissionais que estavam lá para conferir e relatar o evento e a saída foi tão fluida que era difícil acreditar que tínhamos 12 mil pessoas no local. A barra de qualidade subiu e a missão agora é superá-la.

Por fim, vale lembrar que a paiN Gaming luta por uma vaga no Mundial de League of Legends, o “Worlds”, no início de setembro, durante o Desafio Internacional, no Chile. Os brasileiros jogarão com outros representantes da América Latina, mas só um sairá vencedor e classificado para jogar as eliminatórias, na Europa – contra equipes do mundo inteiro.

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