Revenge of the Savage Planet, do estúdio Racoon Logic, foi lançado em 8 de maio diretamente no Xbox Game Pass – o que levou muitos jogadores a darem uma chance à sequência de Journey to the Savage Planet. Afinal, “de graça, até injeção na testa”, né?
Apesar da decisão já ter sido tomada, o chefão da Racoon Logic, Alex Hutchinson, concedeu uma entrevista ao Gamer Social Club (via GameSpot), na qual criticou o Xbox Game Pass e serviços de assinatura em geral.
Hutchinson explicou que a parceria com a Microsoft foi pensada como uma forma de alcançar um público maior. A ideia era que essa visibilidade pudesse incentivar a compra de DLCs no futuro ou gerar divulgação boca a boca, com jogadores recomendando o game aos amigos – o que ajudaria nas vendas.
No entanto, a realidade foi diferente. Segundo ele, embora o jogo tenha, de fato, alcançado maior visibilidade, isso não se traduziu em retorno financeiro significativo para o estúdio – pelo menos até o momento.
“Não vimos isso, ou pelo menos ainda não. O que vimos é que o conteúdo foi desvalorizado e que as pessoas estão menos dispostas a pagar por coisas, o que, a longo prazo, provavelmente significará menos jogos sendo produzidos e muito mais estúdios quebrando.”
Hutchinson também comentou que os “cheques” pagos pela Microsoft no passado faziam diferença, mas que isso já não se repete nos dias atuais. Ainda assim, ressaltou que a parceria com a empresa continua positiva.
“Hoje em dia, a menos que seu jogo seja pequeno ou que você seja uma marca rara e enorme, não é grande coisa. Mas a Microsoft tem sido uma parceira incrível e estamos muito felizes em trabalhar com eles.”
A opinião de Hutchinson chama atenção, já que críticas públicas ao modelo de assinatura são raras. Diversos estúdios independentes, inclusive, afirmam que a parceria com o Game Pass salvou seus jogos. Será que veremos mais críticas como essa no futuro? Resta aguardar.
