Desde o lançamento do Xbox Game Pass, a rentabilidade do serviço tem sido motivo de debate frequente. A mais recente polêmica surgiu após declarações de Raphael Colantonio, fundador da Arkane Studios, que classificou o modelo de assinatura da Microsoft como insustentável e prejudicial para a indústria.
Apesar das opiniões divididas, executivos da Microsoft já afirmaram em diversas ocasiões que o serviço é financeiramente viável. Phil Spencer, por exemplo, afirmou em 2021 que o Game Pass é “muito sustentável” e “continua a crescer”. Mas será que a realidade é mais complexa do que aparenta?
Segundo Christopher Dring, editor-chefe e cofundador do site The Game Business, a Microsoft pode estar omitindo parte significativa da equação. De acordo com informações que ele obteve de fontes ligadas à empresa, os custos e perdas relacionados aos jogos first-party – aqueles desenvolvidos pelos próprios estúdios da Xbox Game Studios – não estariam sendo considerados nos cálculos de receita do Game Pass.
“Então, os custos associados ao negócio do Game Pass são taxas pagas a terceiros, marketing, custos de serviço… e por essa medida, é lucrativo. O que eles não contabilizam é a perda de receita que os estúdios originais do Xbox estão vendo como resultado do serviço. Imagino que, se os estúdios originais recebessem uma compensação semelhante, essa lucratividade poderia não ser a correta.”
“Pedi esclarecimentos sobre a alegação de que o “Game Pass é lucrativo” e me disseram que nenhum first-party está incluído.”
As declarações foram reforçadas posteriormente pelo insider espanhol eXtas1s, que alegou ter documentos que sustentam a afirmação de Dring.
Em 2024, estimava-se que a Microsoft gastava cerca de US$ 1 bilhão por ano apenas para incluir jogos no catálogo do Game Pass – valor que não incluía custos com marketing. Agora, com a possibilidade de que os jogos próprios estejam fora dessa equação, a real lucratividade do serviço pode ser ainda mais nebulosa.
So costs associated with the Game Pass business is fees paid to third-parties, marketing, service costs… and by that measure, it’s profitable.
What they don’t count is the lost revenue that Xbox’s first-party studios are seeing as a result of the service. I have to imagine if…
— Christopher Dring (@Chris_Dring) July 6, 2025
