A comunidade de Vtubers foi atingida por uma série de denúncias envolvendo a VShojo, uma das maiores agências do ramo, acusada de calote e má conduta financeira. A situação veio à tona após a saída de Ironmouse, uma das criadoras mais populares da Twitch, que revelou que a empresa reteve mais de meio milhão de dólares arrecadados para a Immune Deficiency Foundation, instituição que apoia pessoas com desordens imunológicas – condição que também afeta a vtuber.
Em um recente vídeo publicado em seu canal no YouTube, Ironmouse explicou toda a situação, deixando claro sua frustração ao descobrir que nem ela, nem a fundação, receberam os valores arrecadados durante seu evento de stream, que bateu recordes na Twitch. Apesar disso, a vtuber permanece ativa em campanhas solidárias, ultrapassando a marca de 850 mil dólares em nova ação beneficente.
As denúncias de Ironmouse desencadearam uma onda de revelações por parte de outras integrantes da VShojo, como Kson e Kuro, que também anunciaram sua saída da agência, alegando atrasos nos pagamentos. Em uma transmissão ao vivo, Kson chegou a confrontar Koshi Makino, CEO da divisão japonesa da VShojo, que admitiu que o dinheiro da campanha beneficente pode ter sido usado para custos operacionais da empresa – o que gerou ainda mais indignação entre os fãs e talentos da agência.
A queda da VShojo serve como um alerta para o mercado de Vtubers, que cresceu de forma desenfreada desde a pandemia. A promessa de profissionalização e suporte oferecida por agências pode esconder riscos, principalmente quando não há transparência financeira e ética no relacionamento com os criadores.
Após toda essa situação, diversos ex-integrantes da VShojo, como a própria Ironmouse, optaram por seguir carreira independente, assim como faziam antes da fundação da agência, permitindo-lhes ter maior controle sobre suas receitas.
