Sem nenhuma razão aparente, jogos em que você pode matar nazistas

Pedro Varoni
Pedro Varoni

Em um mundo onde os dias parecem cada vez mais cinzentos e as notícias vêm carregadas de polarização, às vezes a melhor terapia é mergulhar em um universo virtual e descarregar toda a frustração em inimigos bem merecedores. Sem nenhum motivo aparente – ou talvez com todos os motivos do mundo –, compilamos uma lista de jogos que transformam o ato de combater nazistas em uma experiência catártica, divertida e, por que não, educativa. Aqui, nazistas, regimes opressores e tiranos de bigode característico viram alvos legítimos para balas, socos e explosões épicas. Prepare o controle: é hora de fazer justiça digital.

Wolfenstein: The New Order e The New Colossus

Se há um nome sinônimo de “matar nazistas” nos games, é Wolfenstein. Na série, você assume o papel de B.J. Blazkowicz, um soldado durão que não mede esforços para derrubar o Terceiro Reich. Em Wolfenstein: The New Order (2014), a história se passa em uma linha temporal alternativa onde os nazistas venceram a Segunda Guerra Mundial. O mundo é um distopia sombria, com tecnologia avançada a serviço da opressão, e você infiltra bases inimigas, explode tanques e executa generais com uma variedade insana de armas – de pistolas laser a martelos mecânicos. O jogo não poupa na violência gráfica: cabeças explodem, corpos voam, e cada abate é uma pequena vitória contra o autoritarismo.

A sequência, Wolfenstein II: The New Colossus (2017), eleva o caos ao invadir uma América ocupada pelos nazistas em 1961. Aqui, você lidera uma resistência improvável, incluindo aliados marginais e excêntricos, em missões que misturam stealth, tiroteios frenéticos e diálogos afiados que zombam do regime. É catártico ver o colapso do império fascista, com chefes épicos e um enredo que lembra por que lutar contra o ódio é essencial. Disponível em PC, consoles e até em VR para uma imersão total – prepare-se para suar nas mãos enquanto esmaga supremacistas.

Call of Duty: WWII

Para quem prefere um sabor mais histórico, Call of Duty: WWII (2017) é o retorno da franquia às batalhas da Segunda Guerra. Sem zumbis ou futuros distópicos, o foco é cru: você é um soldado americano na Frente Ocidental europeia, enfrentando a Wehrmacht em cenários reais como a invasão da Normandia e a Batalha das Ardenas. O multiplayer é icônico, mas a campanha single-player brilha pela intensidade – imagine correndo por praias sob fogo cruzado, queimando nazistas com lança-chamas ou esmagando crânios em combates corpo a corpo.

A liberdade de descarregar raiva é impressionante: minas antitanque explodem colunas inimigas, e o som das metralhadoras ecoa como uma sinfonia de retaliação. Desenvolvido pela Sledgehammer Games, o título homenageia os veteranos reais enquanto permite que você viva o heroísmo virtual. É um lembrete brutal de que a história não perdoa, mas nos games, você pode reescrevê-la com munição infinita.

Indiana Jones e o Grande Círculo

Lançado recentemente, Indiana Jones and the Great Circle (2024) traz o arqueólogo mais icônico do cinema para o mundo dos games, e adivinha quem são os vilões? Nazistas e fascistas, claro. Como Indy, você viaja pelo mundo em busca de relíquias, mas o caminho é pavimentado por emboscadas em locais como o Vaticano e ruínas antigas. O combate é fluido: use o chicote para desarmar, socos para derrubar e, em um momento glorioso, um violão para porrar inimigos até a morte.

O jogo mistura exploração, quebra-cabeças e ação, mas o destaque é a satisfação de interromper planos nazistas e fascistas com improviso yankee. Desenvolvido pela MachineGames (os mesmos de Wolfenstein), é perfeito para quem quer matar fascistas com estilo – e sem culpa, já que é “pelo bem da história”.

The Saboteur

Lançado em 2009, The Saboteur é uma pérola subestimada ambientada na França ocupada pelos nazistas. Você joga como Sean Devlin, um mecânico irlandês sedento de vingança após a traição alemã. O mapa aberto de Paris é lindo, mas escuro e opressivo sob o regime – até você começar a explodir pontes, grafitar paredes com símbolos de resistência e assassinar oficiais em missões stealth ou tiroteios abertos.

O que torna isso único é o sistema de “libertação”: quanto mais nazistas você mata e sabotagens faz, mais a cidade “acorda”, com luzes voltando e civis se rebelando. Dirija carros roubados, pilote aviões e use explosivos para desmantelar o jugo fascista. É uma mistura de GTA com história real, onde cada abate é um ato de rebelião poética.

Partisans 1941

Para quem curte tática, Partisans 1941 (2020) coloca você no comando de partisans soviéticos em uma floresta ocupada pelos nazistas. É um jogo top-down de gerenciamento e combate por turnos, onde você constrói um acampamento, gerencia recursos saqueados dos inimigos e planeja emboscadas. Seus heróis são superados em número, então cada tiroteio exige astúcia: mine campos, use atiradores ou ataques corpo a corpo silenciosos para eliminar patrulhas fascistas.

O realismo é implacável – uma abordagem errada e sua equipe morre –, mas a recompensa é ver o regime desmoronar aos poucos. É como um xadrez mortal, com fascistas como peças a serem sacrificadas.

Esses jogos não são só diversão; são um escape saudável para canalizar energias contra o que há de pior na humanidade. Sem razão aparente, pegue um deles e lembre-se: no mundo virtual, os bons sempre vencem. Qual vai ser o seu próximo alvo?
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