Microsoft abre mão de US$ 300 milhões anuais em vendas de Call of Duty para impulsionar Game Pass

Gabriel Kreyssig Romualdo (@budabytett)
Gabriel Kreyssig Romualdo (@budabytett)

A Microsoft surpreendeu o mercado de games nesta semana ao anunciar uma mudança radical nos planos do Xbox Game Pass, com sua versão mais parruda passando a custar R$ 120 no Brasil. A decisão gerou reação imediata nas redes sociais, com diversas críticas por parte dos jogadores e até de varejistas como a GameStop, que fez diversos memes com a situação.

De acordo com reportagem da Bloomberg, o reajuste reflete os desafios enfrentados pelo serviço de assinatura. Embora conte com títulos de peso, como Call of Duty, o modelo de lançamentos day one reduziu as vendas individuais dos jogos, que garantiam margens mais altas de lucro. Segundo fontes internas, a Microsoft chegou a abrir mão de mais de US$ 300 milhões em vendas de Call of Duty no ano passado com o título chegando day one ao Game Pass.

Joost Van Dreunen, fundador da consultoria Aldora, afirmou que o serviço “não entregou o crescimento explosivo que a Microsoft esperava após a compra da Activision“, fazendo com que os custos operacionais forçassem a revisão do preço, que acabou sendo anunciado na última quarta-feira (01).

Nos últimos tempos, a Microsoft declarou em diversos momentos que o Game Pass já é lucrativo, inclusive tendo alcançado US$ 5 bilhões em receitas no último ano fiscal. No entanto, o serviço parou de crescer, e a taxa de novos assinantes que era de 80% entre 2020 e 2021 caiu para apenas 36% entre 2022 e 2024, mesmo com diversos títulos de peso chegando ao catálogo.

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