Funcionários e ex-funcionários do estúdio Build a Rocket Boy, responsável pelo polêmico MindsEye, divulgaram uma carta aberta à liderança executiva da empresa, em parceria com o Sindicato de Trabalhadores Independentes da Grã-Bretanha (IWGB).
Os signatários alegam que a alta cúpula do estúdio se recusou a ouvir seus profissionais experientes ao longo dos anos, o que teria resultado em um dos piores lançamentos de games da década. A falta de transparência e comunicação foi duramente criticada, sendo descrita como “escassa e vaga”. Além disso, a liderança executiva teria promovido mudanças radicais e frequentes na estrutura de trabalho, além de repassar informações incorretas sobre questões legais aos funcionários.
Outro ponto abordado na carta é o ambiente de trabalho precário. Nos quatro meses que antecederam o lançamento do jogo, a empresa teria imposto oito horas extras obrigatórias por semana para cada funcionário – tempo que muitos ainda não conseguiram compensar devido a constantes solicitações de “alta prioridade”, mesmo após o lançamento do título.
Os autores da carta exigem um pedido público de desculpas pelos maus-tratos aos funcionários, o cumprimento dos direitos trabalhistas de quem está em aviso prévio, ações documentadas para melhorar as condições internas e o reconhecimento do IWGB como sindicato.
Ao final, o documento revela que 93 funcionários e ex-funcionários participaram de sua elaboração, e critica os executivos Mark Gerhard e Leslie Benzies por chamarem a equipe de “família”. A carta questiona: “É realmente assim que você trata a sua própria família?”
Até o momento, o estúdio Build a Rocket Boy não se pronunciou oficialmente sobre o caso. No entanto, com o passar do tempo, é esperado que mais “podres” sobre os bastidores de MindsEye venham à tona.



