De acordo com informações da Bloomberg, a Microsoft estabeleceu uma meta ambiciosa para sua divisão de jogos: alcançar margens de lucro de 30%, bem acima da média do setor, que gira entre 17% e 22%. A decisão, tomada nos últimos dois anos pela diretoria financeira liderada por Amy Hood, tem sido apontada como uma das principais fontes de pressão sobre os estúdios ligados ao Xbox.
Historicamente, a divisão operava com margens entre 10% e 20%, fazendo com que analistas considerem a nova meta algo extremamente ousado – comparável às grandes publicadoras em seus auges, algo que não parece ser o caso do Xbox. Como resultado, a empresa teria cancelado diversos projetos nos últimos meses, incluindo Everwild, Perfect Dark e Project Blackbird, da ZeniMax.
Essa estratégia mais agressiva também estaria por trás da atual “era multiplataforma” do Xbox. Antes, os estúdios contavam com maior liberdade criativa; agora, o foco se voltou quase exclusivamente ao desempenho financeiro. Isso explica por que cada vez mais títulos da marca estão sendo lançados também no PlayStation e no Nintendo Switch.
Com metas insanas e uma gestão que prioriza o lucro acima de tudo, o futuro da marca Xbox é cada vez mais nebuloso. Projetos originais e de menor apelo comercial, como South of Midnight e Keeper, podem acabar sendo vítimas dessa nova política. Que todos os estúdios consigam sobreviver à esse inferno corporativo.