Finalmente chegou o Halloween, e para nós, amantes do horror, é noite de juntar a galera, preparar as maiores gostosuras e aprontar grandes travessuras. Exceto para você, que é solitário e triste! Mas não se preocupe: até mesmo alguém nessa situação pode curtir essa data especial — mesmo que trancado no quarto e sozinho no escuro. Então, prepare papel e caneta para anotar essas maravilhosas indicações.
Filmes
Halloween (1978)
Tá, pode ser meio clichê, mas não existe lista de Halloween sem um dos filmes mais importantes do cinema de terror mundial. Contemplar esta grandiosa obra é, com certeza, uma das melhores maneiras de comemorar a data. Com momentos de tensão extremamente bem trabalhados, o filme narra a história de Laurie Strode e suas desesperadas tentativas de se livrar do mal encarnado: o assassino Michael Myers.
O filme redefiniu os padrões do cinema de terror, e seu sucesso inspirou franquias como Sexta-Feira 13 e A Hora do Pesadelo, transformando Halloween em um dos filmes mais influentes da história do horror. Foi responsável por colocar John Carpenter no mapa — embora ainda não fosse seu auge como diretor.
Sexta-Feira 13 – Parte III (1982)
Eu não poderia deixar de fora da lista um dos maiores vilões do cinema: Jason Voorhees. No terceiro capítulo da saga, voltamos ao acampamento Crystal Lake. E adivinhe só? Um grupo de adolescentes famintos por aventuras acaba cruzando o caminho de Jason — e é claro que o nosso assassino favorito não deixaria barato.
Sexta-Feira 13 – Parte III é o filme em que fomos apresentados à famosa máscara de hóquei, que se tornaria uma de suas marcas registradas. Um verdadeiro clássico slasher que, com certeza, merece ser revisitado.
Louca Obsessão (1990)
Baseado no livro de Stephen King, a trama acompanha Paul Sheldon, um escritor que sofre um acidente de carro e é “resgatado” por sua fã número um, Annie Wilkes. O que começa como cuidado e admiração logo se transforma em cativeiro e terror, quando Annie descobre que seu personagem favorito foi morto na nova obra do autor.
Com atuações marcantes — especialmente de Kathy Bates, que venceu o Oscar de Melhor Atriz —, o filme é um clássico do suspense sobre fanatismo, controle e loucura.
O Silêncio dos Inocentes (1991)
Não tem como falar de thrillers psicológicos sem mencionar essa verdadeira obra-prima. O Silêncio dos Inocentes é aquele tipo de filme que prende do começo ao fim, com uma tensão crescente que te deixa sem fôlego.
A trama acompanha Clarice Starling, uma jovem agente do FBI que precisa da ajuda de ninguém menos que o Dr. Hannibal Lecter — um assassino canibal brilhante e perturbador — para capturar outro serial killer: Buffalo Bill.
Com atuações simplesmente impecáveis de Jodie Foster e Anthony Hopkins, o filme mergulha fundo na mente humana e na tênue linha entre o bem e o mal. Vencedor de cinco Oscars, O Silêncio dos Inocentes é o tipo de clássico que todo fã de terror precisa assistir.
A Bruxa (2015)
Longe do terror tradicional, A Bruxa é o tipo de filme que te prende pelo desconforto e pela tensão constante. Ambientado na Nova Inglaterra do século XVII, impressiona pela atenção absurda aos detalhes — desde o vocabulário arcaico até os costumes religiosos da época —, criando uma sensação de realismo quase sufocante.
A história acompanha uma família puritana isolada na floresta, que começa a desmoronar diante de uma presença misteriosa. O diretor Robert Eggers entrega um terror psicológico poderoso, onde o verdadeiro medo nasce do fanatismo religioso, da culpa e do amadurecimento doloroso de uma jovem oprimida.
Com atuações impecáveis, especialmente de Anya Taylor-Joy em seu primeiro grande papel, A Bruxa é um novo clássico do horror moderno — inquietante, sombrio e impossível de esquecer.
O Babadook (2014)
Assim como o filme anterior, este também marca a estreia de uma diretora — neste caso, Jennifer Kent. O Babadook é um terror australiano perturbador que me deixou pensativo por dias. A história acompanha Amélia, uma mãe viúva que enfrenta o luto e o comportamento difícil do filho, até que um misterioso livro infantil liberta uma presença sombria em sua casa.
Mais do que um filme de assombração, é um retrato poderoso sobre trauma, depressão e maternidade, com uma atmosfera sufocante e atuações intensas. Aclamado pela crítica — e até elogiado pelo diretor de O Exorcista —, O Babadook é um dos terrores mais marcantes e simbólicos da última década.
Mártires (2008)
Logo nos primeiros minutos, Mártires deixa claro que não está aqui para aliviar ninguém. O filme começa com uma manhã comum virando um pesadelo sangrento, e, a partir daí, o diretor Pascal Laugier mergulha o espectador em um terror brutal, angustiante e cheio de significado.
Símbolo do Cinema Extremo Francês, Mártires vai além da violência gráfica — é uma reflexão sobre trauma, sofrimento e o limite da dor humana, misturando horror físico e psicológico de forma devastadora.
Mesmo mais de uma década depois, continua sendo uma experiência intensa e inesquecível. Mártires não é apenas um filme de terror — é uma ferida aberta, um choque que permanece muito depois dos créditos.
Enigma de Outro Mundo (1982)
Se Halloween fez de John Carpenter um nome conhecido, Enigma de Outro Mundo é sua obra-prima definitiva. Adaptando um conto de John W. Campbell Jr., o filme mergulha em uma claustrofobia intensa, misturando suspense psicológico, gore e paranoia.
A história acompanha um grupo de pesquisadores no Ártico que encontra uma nave congelada e, em seguida, uma criatura capaz de assumir a forma humana — sem dar pistas de quem é amigo ou inimigo. Momentos como o famoso teste de sangue demonstram a genialidade de Carpenter em criar tensão quase insuportável.
Com um elenco afiado, liderado por Kurt Russell e Keith David, o filme não brilhou nas bilheterias na época, mas hoje é reverenciado como um clássico absoluto do horror — obrigatório para qualquer fã do gênero.
Jogos
Rule of Rose (2006)
Rule of Rose é um survival horror lançado para PS2, que se destacou por sua atmosfera sombria e narrativa perturbadora. Ambientado na Inglaterra dos anos 30, assumimos o papel de Jennifer, uma jovem que acaba em um orfanato comandado por crianças cruéis e participa de um estranho jogo de poder e humilhação.
O terror do game é extremamente psicológico e emocional, explorando temas de abuso, solidão e traumas infantis, enquanto desvendamos segredos sombrios do passado de Jennifer. Com direção de arte e trilha sonora que reforçam o clima opressor, Rule of Rose se tornou um clássico cult, lembrado por sua coragem em abordar temas difíceis e criar um horror melancólico e angustiante, permanecendo na memória do jogador mesmo após finalizá-lo.
Curse: The Eyes of Isis (2003)
Curse: The Eyes of Isis é um survival horror pouco conhecido, mas que chama atenção por sua atmosfera sombria e narrativa misteriosa. O jogo insere o jogador no papel de uma jovem arqueóloga que investiga uma antiga maldição egípcia, enfrentando criaturas sobrenaturais e resolvendo quebra-cabeças desafiadores em locais assustadores e cheios de segredos.
Com foco no horror psicológico, o título aposta mais em tensão e exploração do que em combates frenéticos, criando momentos de verdadeiro desconforto e suspense. A ambientação detalhada e a trama envolvente fazem de Curse: The Eyes of Isis uma experiência única para quem busca um terror mais intenso e atmosférico.
Dead Space (2008)
Responsável por resgatar meu amor pelos jogos de terror, o game criado pela Visceral Games elevou o gênero a outro patamar. O jogo acompanha Isaac Clarke, um engenheiro enviado à nave mineradora USG Ishimura, que está isolada no espaço. Após uma rápida busca no local, Isaac e sua equipe descobrem que ela está infestada por Necromorfos — criaturas grotescas formadas a partir de cadáveres humanos reanimados.
Atmosfera opressiva, corredores estreitos, luzes piscando e sons distorcidos aumentam a sensação de isolamento e perigo constante. O combate é inovador, focado em desmembrar inimigos ao invés de apenas abatê-los, exigindo estratégia e precisão do jogador.
Além disso, Dead Space se destaca por sua narrativa imersiva, explorando o trauma de Isaac, a corrupção da corporação USG e os horrores por trás dos acontecimentos vividos pelo protagonista, elementos que tornam a experiência emocionalmente intensa. Trilha sonora, design de som e efeitos visuais reforçam o suspense, consolidando Dead Space como um dos survival horrors mais influentes e memoráveis da era moderna. Uma parada obrigatória para fãs do gênero.
Obscure (2004)
Um dos meus favoritos, não apenas por sua qualidade, mas por me permitir jogá-lo com minha irmã e apresentá-la aos “jogos de gente grande” como costumávamos chamar. Obscure é um survival horror que combina terror adolescente com mistério sobrenatural, criando uma experiência tensa e envolvente. O jogo acompanha um grupo de estudantes que investiga estranhos desaparecimentos em sua escola, e acabam descobrindo que forças sinistras, experimentos secretos e uma grande tramoia estão sendo realizadas bem debaixo de seus pés.
O game se destaca por permitir controlarmos múltiplos personagens, cada um com habilidades únicas, e pela cooperação entre eles, uma mecânica pouco comum em jogos de terror da época. Com atmosfera sombria, puzzles desafiadores e sustos bem distribuídos, Obscure mistura exploração, ação e narrativa de mistério, oferecendo uma experiência de horror intensa e divertida.
Outlast (2013)
Apesar de eu não ser muito chegado em jogos de perseguição — ou, como costumo chamar, “jogos em que você é um bunda” —, Outlast conseguiu me prender do começo ao fim. É um dos jogos de terror mais intensos da última década, colocando-nos na pele de Miles Upshur, um jornalista investigativo que entra no Asilo Mount Massive, um hospital psiquiátrico abandonado cheio de segredos e horrores inimagináveis.
O terror aqui é psicológico e implacável: sem armas para se defender, o jogador luta pela própria sobrevivência das maneiras mais desesperadoras possíveis — fugindo, se escondendo e usando a câmera com visão noturna para documentar os acontecimentos. A atmosfera opressiva, combinada com gritos, correntes e inimigos imprevisíveis, cria uma experiência de medo constante que permanece na memória por muito tempo. Com narrativa envolvente, sustos certeiros e um ambiente detalhado que explora loucuras, experimentos cruéis e corrupção, Outlast se tornou um clássico moderno do horror.
Alone in the Dark III (1994)
Tudo bem, você deve estar pensando que estou maluco, já que o terceiro capítulo da saga de Edward Carnby se distancia muito das propostas de terror dos dois primeiros jogos. Mas deixa eu te perguntar uma coisa: de quem é a lista mesmo? — Brincadeira, meu irmãozinho.
Após uma bela introdução dublada em português brasileiro, adentramos a misteriosa cidade fantasma de Slaughter Gulch, na qual uma equipe de cinema desaparece misteriosamente, incluindo sua velha conhecida Emily Hartwood. A partir daí, Carnby se vê preso em uma trama que mistura maldições indígenas e disputas por poder.
Alone in the Dark III foi o primeiro jogo da franquia que joguei, e eu simplesmente me apaixonei pela temática do Velho Oeste. O mistério no ar e o quanto eu sofri para progredir no jogo, por si só, já é um terror. Apesar de apresentar poucos momentos de tensão, gosto sempre de citá-lo como um dos games que mais impactaram meus gostos pessoais. Até hoje tenho total respeito pela franquia, que, infelizmente, respira por aparelhos.
Tormented Souls (2021)
Aproveitando o momento de nostalgia, quero falar de Tormented Souls, um survivor horror que presta homenagem a maior franquia existente na face da terra: Resident Evil. O game é rico em ambientação, trazendo tensão, exploração e puzzles desafiadores — alguns fogem até mesmo da lógica humana, mas nada que andar por horas em vão pelo mapa não ajude. Assumimos o papel de Caroline Walker, uma investigadora privada que segue pistas sobre o desaparecimento de duas irmãs, chegando a uma mansão abandonada cheia de segredos, armadilhas e horrores sobrenaturais.
O jogo utiliza câmeras fixas, atmosfera opressiva e inimigos assustadores para criar medo constante, enquanto a narrativa gradualmente revela mistérios sombrios e experimentos cruéis que assombram o local. Com gráficos interessantes, direção de arte gótica e trilha sonora envolvente, Tormented Souls combina nostalgia dos clássicos com mecânicas modernas, oferecendo uma experiência de horror intensa e memorável.
Eu não vou me estender muito sobre esse game, apenas jogue. Não utilize guias, tutoriais, nem nada do tipo. Desfrute de cada segundo que esse grande jogo oferece. E claro, fique ligado que nos próximos dias vou trazer uma análise completa do mais novo título da série.








