MISERY chegou ao PC na última semana de outubro e rapidamente conquistou os jogadores, atingindo um pico de 12 mil jogadores simultaneamente na Steam. O jogo oferece uma experiência cooperativa para até cinco pessoas, todos tentando sobreviver em meio a uma zona de desastre nuclear – um verdadeiro “simulador de depressão soviética”. No entanto, a alegria da comunidade e da desenvolvedora durou pouco.
De acordo com um comunicado da própria Platypus Entertainment, MISERY foi removido da Steam após um pedido oficial da GSC Game World, estúdio responsável pela franquia STALKER. A alegação? Violação de direitos autorais relacionados à propriedade intelectual de STALKER.
Na imagem anexada ao comunicado, é possível ver o pedido de DMCA acompanhado de duas capturas de tela no mínimo curiosas. Em uma delas, a GSC aponta semelhanças entre MISERY e STALKER: Call of Pripyat por ambos apresentarem edifícios soviéticos do tipo khrushchevka. Na outra, a “prova” de cópia seria a presença de jogadores agachados (o famoso slav squat) tocando violão.
Embora seja inegável que MISERY se inspire na atmosfera dos jogos STALKER, as alegações da GSC Game World parecem infundadas – afinal, trata-se de elementos culturais e arquitetônicos reais, não exclusivos de uma franquia. Não é possível reivindicar direitos autorais sobre a estética da era soviética.
A Platypus Entertainment reforça que seu jogo não se passa em Chernobyl, mas sim na fictícia República de Zaslavie, e nega qualquer uso de personagens, história, assets ou código da franquia STALKER. O estúdio ainda lançou uma indireta à GSC, lembrando que o próprio STALKER é inspirado no livro Roadside Picnic e no filme Stalker, de Andrei Tarkovski.
Agora, os desenvolvedores de MISERY dizem esperar uma solução pacífica com a Steam e a GSC Game World, para que possam retomar as atualizações e continuar o desenvolvimento do jogo em breve.



