Mullet MadJack – Análise

Gabriel, vulgo Buda (@budabyte)
7 min de Leitura

Mullet MadJack é um boomer shooter frenético com elementos de rogue-lite, desenvolvido pelo novato estúdio Hammer95 e publicado pela Epopeia Games, ambos gaúchos. Repleto de cores vibrantes e diversas referências a animes e filmes dos anos 80 e 90, o título oferece uma alta dose de ação para os fãs do gênero e se destaca como um dos melhores indies lançados até o momento em 2024. Ficou curioso para saber o porquê? Confira!

Let’s kill some billionaires

O ano é 2090, e a inteligência artificial controla o mundo através de robôs chamados robilionários. Os humanos foram reduzidos a seres de segundo escalão. Surge então o protagonista, que carrega o mesmo nome do jogo, precisando de dopamina a cada 10 segundos para sobreviver. Sua missão é resgatar uma princesa influenciadora das garras metálicas do chefão. Cabe a nós eliminar os inimigos robôs enquanto nossa matança é transmitida ao vivo na internet para bilhões de pessoas, como um reality show.

A premissa é simples, mas apresentada de maneira muito interessante. Mullet MadJack oferece uma crítica clara ao mundo atual, onde somos constantemente bombardeados por informações e precisamos absorver tudo rapidamente para preencher nosso cérebro com dopamina. O jogo também critica o capitalismo, com menções ao consumismo desenfreado. Mullet MadJack demonstra que, mesmo com poucos diálogos ou textos, é possível ter uma história elaborada com uma mensagem profunda por trás.

Mate e ganhe dopamina / Reprodução: Divulgação

It’s mullet time

Como mencionado anteriormente, Jack precisa de dopamina constante, pois tem apenas 10 segundos de vida. Essa dopamina é conquistada com tiro, porrada e bomba: cada robô morto mantém nosso tempo próximo dos 10 segundos. Diferentes tipos de mortes rendem segundos adicionais, como mortes no cenário, headshots e até mesmo tiros no meio das pernas. Vale mencionar que existe um modo de dificuldade acessível para quem deseja uma experiência mais calma, e um modo permadeath para os jogadores mais hardcore.

Mullet MadJack se passa em um prédio com vários andares, e a cada 10 andares enfrentamos batalhas contra chefes, com o objetivo de resgatar nossa princesa influenciadora. Sempre avançamos do ponto A ao ponto B, e ao fim de cada andar, o elemento rogue-lite entra em cena, permitindo-nos escolher um upgrade dentre três opções aleatórias. Esses upgrades incluem novas armas (pistolas, escopetas, metralhadoras, espadas), redução na precisão dos inimigos, balas que ricocheteiam e até mesmo uma melhoria para o protagonista falar mais. Morreu? Você volta ao início dessa seção de 10 andares, recomeçando sem upgrades e com sua simples pistola.

A gameplay que o estúdio Hammer95 criou é primorosa. A ação tem um ritmo acelerado, fazendo o jogador não ter tempo para pensar, lembrando um pouco Hotline Miami. Apareceu um robô na sua frente? Mete bala, afinal, sua vida está por um fio. Os controles são fluidos e precisos, e destruir inimigos com as finalizações provenientes das armas secundárias coletadas pelo cenário é um deleite para os olhos. Para quem deseja testar suas habilidades, há também o modo infinito, onde seguimos eternamente pelos infinitos andares do prédio. Senti falta de uma customização com regras para esse modo, mas certamente ele agradará aqueles que amam deixar seus registros nas tabelas de highscore.

Matar robôs nunca foi tão satisfatório / Reprodução: Divulgação

Stop browsing social media

Sem dúvidas, o elemento que mais me chamou atenção neste game quando descobri sua existência foi a arte. Mullet MadJack conta com cores vibrantes, que para alguns podem até causar confusão, e cutscenes que lembram muito os animes da década de 90. Aliás, as inspirações em animes são abundantes, com o clássico Akira sendo uma das mais evidentes. Durante a gameplay, a estética retrowave assume o protagonismo.

A trilha sonora do jogo é incrível, com diversas músicas dos gêneros synthwave, retrowave e new wave, que combinam perfeitamente com os momentos da gameplay. É o tipo de música que certamente estará na sua playlist do seu serviço de streaming favorito, e que você ouvirá em noites chuvosas enquanto dirige pela cidade. “Jack the Mullet Mad” e “Full Carnage” são incríveis, e inclusive estou ouvindo elas enquanto escrevo esta análise.

O estilão de anime de Mullet MadJack é incrível / Reprodução: Divulgação

Eu quero um mullet

Mullet MadJack é, sem sombra de dúvidas, a melhor experiência que tive em 2024 até o momento em que escrevo esta análise. Já sabia que poderia esperar boas coisas do game, pois boomer shooters frenéticos são um tipo de jogo que amo de paixão, mas não esperava que clicasse tão bem comigo. Suas críticas ao sistema, a estética retrowave com influências de anime, e a trilha sonora synthwave se encaixam com maestria, formando uma experiência incrível que não se vê todo dia. Agora, eu quero um mullet. Nota final: 10/10.

Prós:

  • Crítica social bem construída através da apresentação
  • Gameplay frenética e muito precisa
  • Elementos de rogue-lite caíram muito bem
  • Gráficos e estética lindos
  • Trilha sonora incrível

Contras:

  • Modo infinito poderia oferecer regras personalizadas

 

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Mullet MadJack – Análise: Uma obra-prima brasileira. Divertido, único e inesquecível. Do início ao fim. Mais que recomendado! budabyte

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von 10
2024-05-21T17:22:06-0300
 
 

 

 

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