Assassin’s Creed: Origins (XONE, PC, PS4) – Análise

Pedro Varoni
Pedro Varoni
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Assassin’s Creed Origins marca um divisor de águas na longa e turbulenta trajetória da franquia da Ubisoft. Após anos de críticas e títulos lançados em ritmo acelerado, a série passou por uma pausa criativa, e o resultado dessa reflexão é um jogo ambicioso que pretende recontar o início de tudo — literalmente. Este título mergulha na fundação da Irmandade dos Assassinos, dando ao jogador a chance de testemunhar o nascimento do Credo.

Uma Nova Origem para o Credo

A história gira em torno de Bayek, um medjai egípcio da cidade de Siuá, que, ao lado de sua esposa Aya, embarca em uma jornada de vingança após a trágica perda de seu filho. Essa busca pessoal se entrelaça com eventos históricos grandiosos, como a ascensão de Cleópatra e a intervenção romana liderada por Júlio César. O enredo é bem construído, com narrativa cinematográfica típica da Ubisoft e personagens cativantes, entregando uma experiência rica e envolvente.

Apesar da dublagem em português causar estranheza inicial, ela se mostra funcional e não compromete a imersão. Os fãs da série vão se deliciar com os inúmeros detalhes e conexões com o universo expandido da franquia, incluindo elementos do filme que, aqui, são oficialmente incorporados à cronologia da saga.

Jogabilidade: Evolução com Custo

A jogabilidade passou por uma profunda reformulação. Origins deixa de lado o sistema de combate tradicional e adota um esquema mais voltado para RPG de ação, com níveis para o personagem e inimigos. Isso, por um lado, traz profundidade e variedade, mas, por outro, obriga o jogador a completar missões secundárias repetitivas para progredir na história principal.

Essas tarefas paralelas, em sua maioria, giram em torno de resgates, assassinatos e roubos, o que pode se tornar cansativo com o tempo. Entretanto, as missões principais compensam a repetição, oferecendo momentos memoráveis, como batalhas navais, lutas contra animais selvagens e explorações nas pirâmides.

Mundo Vivo e Visual Estonteante

O Egito Antigo apresentado em Origins é deslumbrante. O mapa é imenso, repleto de detalhes históricos, monumentos e locais emblemáticos. A direção de arte e os gráficos são, sem dúvida, um dos pontos altos da experiência. Mesmo com alguns bugs aqui e ali — algo esperado em jogos de mundo aberto —, nada compromete de forma significativa a experiência do jogador.

Conclusão

Assassin’s Creed Origins é, acima de tudo, um ponto de renascimento. Ele corrige falhas antigas, atualiza a jogabilidade para os padrões modernos e entrega uma história envolvente que finalmente dá profundidade à criação do Credo dos Assassinos. Apesar das missões secundárias repetitivas e da obrigatoriedade do grind de níveis, é um jogo que recompensará quem estiver disposto a mergulhar de cabeça em sua proposta. Origins não é apenas um novo começo na cronologia da franquia, mas também uma redenção para a Ubisoft — e um presente para os fãs que esperavam por algo grandioso.

Esta análise é baseada na cópia de PS4 fornecida pela Ubisoft.

Assassin's Creed: Origins
8.5
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