CEO da CyberConnect2 afirma que “toda pessoa é um furry em potencial”

Gabriel Kreyssig Romualdo (@budabytett)
Gabriel Kreyssig Romualdo (@budabytett)

Jogos com personagens furry ou focados na temática furry existem há décadas. O que possivelmente começou com FurryMUCK, lá em 1990, segue até hoje, atraindo cada vez mais pessoas à subcultura – que, inegavelmente, ainda pode causar certa estranheza em alguns.

Uma das franquias que faz uso de personagens antropomórficos é Fuga: Melodies of Steel, desenvolvida pela CyberConnect2 (a mesma responsável por Naruto e .hack). Hiroshi Matsuyama, CEO da empresa, concedeu uma entrevista ao Automaton e fez declarações, no mínimo, curiosas.

Segundo Matsuyama, muitas pessoas tendem a gostar da estética furry, mas costumam esconder essa preferência inicialmente, principalmente por medo de julgamento social. O CEO destaca que a CyberConnect2 possui diversos desenvolvedores furry e que a tendência interna é criar um ambiente cada vez mais aberto, visando fomentar essa afinidade tanto entre os profissionais quanto entre os fãs.

“Sim, todos dizem que sempre gostaram de conteúdo com esse tipo de estética. O motivo pelo qual gostam tende a surgir depois — começa com um simples ‘Eu gosto disso’. No entanto, todos escondem isso no início. Mesmo na nossa empresa, as pessoas instintivamente tentam esconder esse lado delas, então acredito que essa tendência seja ainda mais forte na sociedade em geral. Por isso precisamos trazer essas pessoas — os amantes de furry latentes — para fora, incluindo nossa base de fãs. E o catalisador para formar essa comunidade está no conteúdo que criamos e na intenção por trás dos nossos esforços promocionais, então é algo que precisamos continuar expandindo.”

Matsuyama também afirma que toda pessoa é um furry em potencial, mas muitas não sabem expressar esse interesse – embora, quando questionadas diretamente, acabem revelando suas preferências. Ele ainda brinca dizendo que todos somos mamíferos e carregamos um animal dentro do coração.

“A maioria das pessoas só não percebeu isso ainda. Elas não sabem como colocar em palavras, mas, quando perguntadas diretamente, provavelmente diriam: ‘Agora que você mencionou… é, eu meio que gosto disso’. O motivo de não terem descoberto é que existem poucas obras desse tipo, então não tiveram a chance de aprender sobre o tema. Mas, no fim das contas, somos todos mamíferos. Todo ser humano tem um animal vivendo dentro do coração.”

Com isso, a CyberConnect2 demonstra estar cada vez mais interessada em explorar o universo furry e em construir uma comunidade engajada com o gênero – que certamente tem potencial para faturar muito bem. Enquanto muitos ainda torcem o nariz para o fandom, há empresas que sabem aproveitar sua popularidade crescente.

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