Hideki Kamiya defende jogabilidade acima do realismo

Douglas Souza Dos Santos (@Cliffburtonildo1)
Douglas Souza Dos Santos (@Cliffburtonildo1)

Hideki Kamiya, criador de Bayonetta e Devil May Cry, voltou a comentar sobre os rumos dos jogos de ação. Em uma entrevista para a Famitsu (via Eurogamer), o produtor destaca que gráficos impressionantes não bastam, e que um bom jogo precisa ser, antes de tudo, divertido e desafiador.

Kamiya ressalta que, embora muitos estúdios invistam fortunas em tecnologia para alcançar visuais cada vez mais realistas, o apelo visual não garante uma boa experiência de jogo. Segundo ele, a verdadeira força de um título está na jogabilidade e na maneira como o jogador se envolve com o sistema e as mecânicas, quesito em que muitos jogos modernos ainda cometem deslizes.

“Quando faço um novo jogo, tento criar uma mecânica de jogo única, que só possa ser experimentada naquele jogo. Por exemplo, em Bayonetta, era o sistema Witch Time, onde se esquivar de um ataque inimigo retarda o tempo, e em Okami, era o Celestial Brush, que permite afetar diretamente o mundo do jogo desenhando.”

Conhecido por priorizar fluidez e criatividade em seus projetos, Kamiya defende que o foco dos desenvolvedores deveria estar em mecânicas consistentes e experiências imersivas, não apenas em gráficos chamativos. Para ele, é fácil cair na tentação de impressionar com o visual, mas sem uma base sólida de jogabilidade, até o jogo mais bonito pode acabar sendo um fracasso sem alma.

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