MainFrames – Análise

Lafaiete Augusto
Lafaiete Augusto

MainFrames é um jogo de plataforma 2D desenvolvido pela Assoupi e publicado pela The Arcade Crew, lançado em 6 de março de 2025 para PC e Nintendo Switch. Com fortes inspirações em Super Meat Boy e Axiom Verge, o game une desafios insanos de plataforma à uma pixel art bem detalhada e carismática, transportando o jogador ao mundo retrô dos anos 80 e 90, onde os PCs eram enormes e tinham monitores CRTs, ao contrário das minúsculas telas IPS de hoje. Seu estilo artístico é totalmente focado nessa estética, sendo um verdadeiro deleite visual para quem curte informática. Se você busca uma experiência rápida com ideias inovadoras e divertidas, MainFrames é uma boa pedida.

Salvando Arquivos

Em MainFrames, acompanhamos a aventura do “disquetinho” Floppy, um programa de computador em busca de autodescoberta. Movido pelo desejo de desvendar sua origem e descobrir sua verdadeira função, ele percorre a CPU do computador, encontrando amigos pelo caminho. Um deles é o Pinguim, que lembra bastante o mascote do Linux. Ele serve basicamente como um tutorial, explicando como resolver os puzzles que vão surgindo. Uma de suas primeiras lições é: “Use o caminho mais fácil” – lembre-se dela, pois será super útil em sua jornada. Outros amigos que vamos conhecer são os “daemons”, pequenos bichinhos que devemos salvar ao avançar pelas fases. Eles são os responsáveis por manter o programa em pleno funcionamento, portanto, faça o que for preciso para salvá-los – afinal, somos um disquete!

Pinguim amigo / Reprodução: Autor

Gameplay Magnética

Como mencionado, a inspiração de MainFrames é Super Meat Boy, portanto, espere seções de plataforma insanas e com diversos elementos na tela para te matar. Morrer é só um estágio da aprendizagem, então não se importe de tentar e errar. A parte divertida é que a criatividade do jogador faz toda a diferença: você pode passar de um labirinto pulando em todas as plataformas e sendo o mais cauteloso possível, ou apenas pule no limbo da fase e veja se consegue chegar ao final sem tomar dano. O limite é a sua imaginação.

A gameplay não é longa, o que considero um ponto extremamente positivo. Levei cerca de 3 horas para chegar ao fim de minha jornada e, quando o cansaço começou a bater, lá estava a fase final! Nesse quesito MainFrames é perfeito, e o desenvolvedor francês Théophile Garnier soube exatamente o momento em que o jogador iria começar a enjoar das fases, terminando o jogo ali mesmo de forma brilhante.

Pixel art de encher os olhos / Reprodução: Autor

Outro destaque que devo fazer é em relação a localização. Em um cenário onde empresas bilionárias não entregam sequer uma simples legenda em português do Brasil, empresas indies como a publisher The Arcade Crew fazem esse trabalho com maestria. A tradução está muito boa, com piadas e referências muito bem localizadas. São empresas como essa que merecem o respeito e dinheiro do povo brasileiro!

Minha única crítica ao game fica por conta de seu modo história que, após ser finalizado, não permite que possamos rejogar as fases para coletar os daemons que ficaram faltando. Caso você deseje buscar a completude, terá de recomeçar o jogo do zero, tomando todo o cuidado do mundo para explorar as áreas do labirinto do computador.

Hub do jogo com os daemons salvos / Reprodução: Autor

Polegadas de Diversão

Ao finalizar MainFrames, me senti satisfeito. O jogo não reinventa a roda, mas diverte, e no fim das contas, é isso que importa. Com uma pixel art incrível, seções de plataforma desafiadoras e ótimas piadas localizadas em nosso idioma, MainFrames está recomendadíssimo. Se você busca uma gameplay rápida e divertida e com uma estética retrô única, encontrou a resposta.

Esta análise é baseada na cópia de PC fornecida pela The Arcade Crew.

MainFrames
9
Compartilhe esse artigo
Deixe um comentário