Wuchang: Fallen Feathers recebeu nesta semana a atualização 1.5, trazendo diversas correções e ajustes de jogabilidade – junto de mudanças narrativas que têm gerado forte insatisfação entre os jogadores.
Lançado em julho de 2025, o soulslike se passa no final da dinastia Ming e, até então, permitia que figuras históricas presentes na trama fossem derrotadas de forma permanente. Com o novo patch, esses personagens já não morrem e, em vez disso, entram em um estado de “exaustão” e passam a interagir com a protagonista por meio de novos diálogos, o que altera significativamente o enredo.
O comunicado oficial da desenvolvedora mencionava apenas ajustes em animações, valores e design de fases, além da inclusão de diálogos para alguns NPCs. No entanto, a comunidade logo percebeu que as mudanças eram bem mais profundas: em determinadas partes – como no quarto capítulo – inimigos que antes eram hostis tornaram-se passivos, deixando trechos inteiros mais fáceis. Até batalhas marcantes, como contra Zhao Yun, foram modificadas. Antes, derrotá-lo levava à sua morte e a um discurso final alinhado ao tema central de impermanência e agora, ele sobrevive, e o diálogo sugere que a luta foi apenas um teste.
Entre as críticas mais contundentes está a do modder Lance McDonald, que classificou a mudança como “censura real” motivada por pressão de jogadores chineses contrários à morte de figuras históricas no jogo. Para ele, a decisão não apenas prejudica a narrativa, como também contradiz os temas centrais da obra, que explorava o fim inevitável da dinastia Ming e a aceitação da morte.
The Ming General no longer dies and now just sits near the shrine and says “I wont stop you going forward but the people ahead will attack you like a monster” pic.twitter.com/d3394YCcEo
— Lance McDonald (@manfightdragon) August 14, 2025
Embora a produtora não tenha explicado oficialmente o motivo dessas alterações, diversas fontes apontam que elas podem ter sido feitas para evitar polêmicas relacionadas à representação de personalidades históricas na China.