Ruffy and the Riverside – Análise

Pierry Lima (@Pierry8Bit)
Pierry Lima (@Pierry8Bit)

Ruffy and the Riverside é um jogo de aventura e plataforma 3D com forte apelo nostálgico, inspirado em clássicos como Banjo-Kazooie e Super Mario 64. Desenvolvido pelo estúdio Zockrates Laboratories e publicado pela Phiphen Games, o jogo foi lançado em junho de 2025 para todas as plataformas da atualidade, apostando em uma proposta colorida e repleta de puzzles, ao mesmo tempo em que entrega ao jogador um tom leve e brincalhão.

O mundo de Riverside

A história de Ruffy and the Riverside serve mais como um pano de fundo para as ventures do que como foco principal. Resumidamente, descobrimos que Ruffy foi escolhido para derrotar Groll, um vilão em forma de cubo que planeja roubar bolinhas mágicas e destruir o pacífico mundo de Riverside. Logo de início, somos introduzidos à mecânica de copiar e colar elementos do cenário, ficando claro que somente o poder único de troca de Ruffy pode salvar o mundo de Groll.

Embora possua elementos caprichosos e personagens divertidos, a trama em si é bastante simples e convencional, um clássico “salve o mundo do vilão” com poucas reviravoltas, estando presente apenas como uma justificativa para percorrer as áreas e resolver puzzles. No entanto, o jogo se destaca por suas piadas, ironias e referências em abundância, deixando a experiência mais divertida.

Reprodução: Divulgação

Vamos trocar

O grande destaque de Ruffy and the Riverside é a mecânica de troca de texturas, ou swap. A qualquer momento, Ruffy pode mirar em superfícies do cenário, copiar sua textura e colá-la em outro lugar em tempo real, transformando a área para criar caminhos e resolver enigmas – como por exemplo converter água em pedra, ou fogo em gelo. Essa ideia foi muito bem explorada pelos desenvolvedores, criando uma gameplay dinâmica e divertida, permitindo resolver desafios de formas inesperadas. Além disso, Ruffy possui comandos básicos de plataforma, como pular, dar socos e rolar, mas obviamente são as trocas que movem o jogo.

O título é estrutura como um collect-a-thon clássico, com diversas tarefas opcionais e segredos disponíveis em cada área. As fases em 3D são espaçosas, com bastante opção de exploração saltos em plataformas e caminhos secretos, além de minijogos em 2D. Os itens a serem coletados incluem Pedras dos Sonhos, borboletas e criaturas Etois, além de letras espalhadas em cada mundo. Esse estilo de progressão é comum nos clássicos de plataforma, e Ruffy and the Riverside abraça bem esse espírito.

Embora a gameplay remeta a clássico e seja divertida, nem tudo é perfeito. Em alguns momentos, descobrir quais superfícies funcionam com a mecânica de swap pode ser confuso, levando à tentativa e erro. Nosso personagem, Ruffy, também não conta com uma variedade interessante de movimentos e habilidades, deixando claro que o foco do jogo é na resolução de puzzles, algo que pode desinteressar aqueles que esperam o uso de múltiplas habilidades ou até mesmo combate. Em alguns momentos, a câmera do game também pode atrapalhar mais que ajudar, sendo difícil de ser posicionada. Em geral, a gameplay é divertida e dinâmica, principalmente por conta da mecânica de troca, mas sofre de falta de polimento em alguns momentos.

Reprodução: Divulgação

Paper craft

O visual de Ruffy and the Riverside mistura gráficos em 3D com personagens em estilo paper craft. As cores são vibrantes e o mundo de Riverside é muito caprichado, entregando cenários como florestas, desertos e montanhas, sempre com um toque alegre. A arte, embora lembre Paper Mario, dá uma personalidade própria ao título, exalando carisma.

A trilha sonora acompanha bem o ambiente alegre do jogo. As músicas são leves, melódicas e variam de acordo com cada bioma, dando uma sensação de aventura infantil. Os sons realizados pelos personagens são divertidos, embora em alguns casos possam incomodar, como o caso de Ruffy, que dá um gritinho a cada ação realizada, o que pode cansar ao longo do tempo. De qualquer forma, a parte sonora combina perfeitamente com o tom do jogo.

Reprodução: Divulgação

Uma experiência divertida

Ruffy and the Riverside conquista o jogador pelo carisma e pela criatividade de sua ideia central. Sua mecânica de swap dá origem a diversos momentos divertidos, e quando unida ao humor do roteiro e sua trilha sonora, criam uma experiência alegre e descontraída. O título certamente irá agradar fãs de jogos de plataforma 3D e collect-a-thon, e embora tenha seus tropeços técnicos, é um jogo que recomendo!

Está análise é baseada na cópia de PS5 fornecida pela Phiphen Games.

Ruffy and the Riverside
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