Rugrats: Adventures in Gameland – Análise

Lafaiete Augusto
5 min de Leitura

Vamos a bomba, ops, o jogo. Rugrats: Adventures in Gameland, ou só “jogo dos Anjinhos”, como irei chamar, foi lançado originalmente em março de 2024 para todas as plataformas disponíveis, mas não causou alarde algum. Aliás, eu nem tive conhecimento de tal jogo até o começo deste mês de setembro, quando a Epic Games Store deu de graça para todos que logaram na loja para resgatá-lo. ‘‘De graça até injeção na testa’’, você deve estar pensando? Mas neste caso o que era grátis saiu caro!

Anjinhos do capeta

O jogo em si tem uma proposta interessante: resgatar a nostalgia dos jogos em 8-bits dos anos 80 da era Nintendinho e Master System. De cara, a ideia parece excelente, se não fosse por um detalhe: o jogo trás o que tem de pior dessa geração de jogos, como inimigos em pontos estratégicos, respawn de inimigos infinitos, buracos com queda mortal, apenas um checkpoint por fase e a desgraça do knock back (empurrão ao levar dano) que tem o seu uso evidente no jogo para prolongar a gameplay.

O jogo é curtíssimo, levando em média de uma hora a uma hora e meia de duração, isso se você não ficar preso em alguma área da fase por ter inimigos na ponta de plataformas para te derrubar e assim levar um game over na cara. O game apresenta 4 personagens com gameplay distintas para escolher, assim como em Super Mario Bros 2, são eles Tommy Pickles, o mais equilibrado com pulo nem tão alto e também não muito lento, Chuckie Finster, com pulo alto e leve, Phil DeVille, o mais pesado do grupo com pulo curto e que atravessa paredes de areia e, por último, a Lil Deville, que tem um pulo médio mas que consegue planar com seu vestido.

Os Anjinhos em movimento

Outra característica marcante do jogo a se destacar é o seu gráfico que conta com duas opções de filtro, a normal com traços do desenho original muito bem feito, ou com pixel art inspirada nos 8-bits, também muito bem executado. Inclusive o departamento de arte do jogo é o único a ser aplaudido. Mesmo com o game possuindo todos os defeitos já mencionados e os que ainda serão citados, o visual é um deleite para os olhos. A trilha sonora também teve um toque de capricho, e embora não seja das mais memoráveis, ela faz muito bem o seu papel de não atrapalhar a gameplay e ainda te anima a continuar jogando, já que todas as trilhas e efeitos sonoros são inspirados nos jogos em 8-bit.

Voltando aos defeitos, o jogo é curto mas impressiona pela quantidade de bugs, evidenciando que foi chutado pela porta do jeito que estava. Entre eles, os que eu sofri foram entrar em paredes, danos fantasmas e travadas ocasionais, nada que me impedisse de prosseguir no jogo, porém é algo que incomoda e atrapalha ainda mais a experiência final.

Ah é, a história

A história é simples e direta: Tommy, Chuckie, Phil e Lil assistem a um comercial de um novo jogo do Reptar, e usando o poder da imaginação, “entram” no jogo. Eles exploram o que inicialmente parece ser a casa de Tommy, avançando pelos arredores da casa em forma de fases. Movidos pela imaginação, os bebês enfrentam 7 fases, sendo a última desbloqueada após coletar uma quantidade específica de moedas de ouro.

Finalizando

Por fim, o jogo infelizmente não cumpre a sua proposta inicial. Diferente de jogos como Cuphead e Ducktales, que conseguiram reviver a nostalgia dos anos 80 e 90, o jogo dos Anjinhos não chegou nem perto, e deixo aqui meus sinceros parabéns a quem conseguiu finalizá-lo.

O game é tenebroso e a única coisa que me fez chegar até o final foi a sua bela arte e trilha sonora, já a gameplay é de passar longe. No final, Rugrats: Adventures in Gameland é pior que medíocre, e o fato de ter sido dado de graça só evidencia ainda mais isso.

Rugrats: Adventures in Gameland
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