Sarah Bond considera exclusividade “antiquada” e defende jogos em todas as plataformas

Gabriel Kreyssig Romualdo (@budabytett)
Gabriel Kreyssig Romualdo (@budabytett)

A essa altura, já não é novidade que a Microsoft abriu de vez as porteiras para seus títulos first-party. Embora algumas experiências ainda mantenham exclusividade – como South of Midnight e Keeper –, boa parte dos jogos do Xbox já chega (ou chegará) também ao PlayStation 5. Em certos casos, como The Outer Worlds 2, o lançamento multiplataforma acontece simultaneamente.

O movimento contrário à exclusividade começou ainda em 2016, com a polêmica de Quantum Break sendo lançado também para PC. O caos na época foi grande, mas, aos poucos, o público foi se acostumando com a ideia. Até que, no ano passado, a barreira se rompeu de vez: jogos do Xbox passaram a aparecer também no PlayStation e até no Nintendo Switch.

Em entrevista ao canal Mashable (via GameSpot), Sarah Bond, presidenta da divisão Xbox, comentou sobre a estratégia multiplataforma da empresa, afirmando que restringir o acesso de um jogo a uma única plataforma é algo “antiquado” para a maioria das pessoas.

“Os maiores jogos do mundo estão disponíveis em todos os lugares. Você olha para Call of Duty, você olha para Minecraft, você olha para Fortnite, você olha para Roblox… isso é o que realmente impulsiona a comunidade nos jogos. É onde as pessoas se reúnem. E a ideia de restringir tudo a uma loja ou a um dispositivo é antiquada para a maioria das pessoas.”

Bond ainda destacou a importância de experiências que permitem jogar com amigos em qualquer lugar:

“Você quer poder jogar com seus amigos em qualquer lugar, independentemente do que eles estejam usando. E estamos realmente nos dedicando a isso com esta experiência [Rog Ally X]. Ela simplesmente abre outra maneira de jogar, assim como a nuvem, o PC e os consoles que todos nós temos na sala de estar.”

Embora a Microsoft tenha sido a primeira do “Big Three” a dar o pontapé inicial rumo a esse novo modelo, a Sony também começa a seguir caminho semelhante. Vários de seus títulos já chegaram ao PC, e recentemente o sucesso Helldivers 2 também deu as caras no Xbox – algo impensável há poucos anos atrás.

O futuro dos jogos exclusivos parece cada vez mais nebuloso. Resta saber o que cada empresa vai priorizar: manter os exclusivos como diferencial para vender consoles, ou abraçar de vez a maximização dos lucros por meio da multiplataforma.

Compartilhe esse artigo
Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *