A Video Games Live se apresentou novamente no Brasil no último domingo, dia 5 de de novembro. Mais precisamente nos referimos ao show no Rio de Janeiro – nos dois dias anteriores eles passaram ainda por Minas Gerais e São Paulo. Como de praxe, foi uma noite repleta de emoções, homenagens e bons momentos não só para quem curte games, mas também música orquestrada de boa qualidade.
Após 12 anos vindo ao Brasil, o compositor Tommy Tallarico, dono e criador do show, já se sente em casa e bem à vontade. Ainda que repita as mesmas piadas e frases sempre, ele ainda demonstra um carisma incansável frente a seu público. No geral, hoje, a VGL é uma “festa zoeira” de Tallarico e isso é excelente para quem ele deseja alcançar.
Você que já foi em outros 10 show da VGL, por exemplo, pode estar cansado de ver tudo de novo, com uma música ou outra nova no repertório, mas há uma enorme parcela do público que ainda não viu a apresentação. São 12 anos vindo ao Brasil, existem pessoas que eram recém-nascidas quando o primeiro show ocorreu e hoje já podem curtir ao lado de seus pais e entender bem.
Manter algo como a VGL funcionando é ótimo pois ela funciona de forma bem diferente das outras orquestras oficiais de diversas empresas, como é o caso da Square Enix. Tallarico se comporta quase como um amigo de todo mundo, sem impedimentos ou barreiras. Ao final do show ele convida todos para o “meet & greet” fora do palco e promete falar com absolutamente todo mundo que quiser. Isso é admirável, vindo de um “showman” de seu naipe.
Quanto à apresentação em si, ela foi em grande estilo e com bom nível nas execuções, ainda que a acústica da Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, não tenha ajudado tanto. A seleção de músicas foi adequada, ainda que algumas ausências tenham sido notadas, como o tema de Super Mario Bros. Por outro lado, grandes marcas como Sonic, Metal Gear, Pokémon e até mesmo o hit do momento, Overwatch, marcaram presença. Martin O’Donnell, compositor da série Halo e autor do icônico tema musical do primeiro jogo, foi o grande destaque como convidado de honra – e pela primeira vez no Brasil. Ele também executou as músicas em que trabalhou.
Nossa única crítica é sobre as imagens exibidas no telão. Não sabemos se a VGL ou Tallarico precisam pagar direitos às respectivas empresas para renovarem o visual com jogos mais recentes, mas seria uma boa para futuras apresentações – ajuda a não deixar o show datado.
O final apresentou um bis extremamente bem trabalhado, com direito a dobradinha de Top Gear – com cenas do clássico e também do “remake brasileiro/jogo inspirado” Horizon Chase, além de Street Fighter 2, em um grande medley que combinava as principais músicas.
Como sempre, ansiamos para que Tallarico continue o bom trabalho, ainda que precisa de uma remanejada em algumas ideias, e que a VGL nunca perca esse jeito “zoeiro” de ser – afinal, estamos falando de videogame, algo que não combina tanto com seriedade a todo o momento.
Esse tony ai sei la hein… ouvi dizer q é talarico