Morkull Ragast’s Rage – Análise

Douglas Souza Dos Santos (@Cliffburtonildo1)
Douglas Souza Dos Santos (@Cliffburtonildo1)

Morkull Ragast’s Rage é um Metroidvania 2D que combina plataformas e exploração, desenvolvido pela Disaster Games e distribuído pela Selecta Play e Astrolabe Games. Junte-se ao Deus da Morte, Morkull, e lute para retomar o reino de Ragast das mãos do temido Galat nesta análise.

Morkull, Deus da Morte e da Escuridão

Assumimos o controle de Morkull, um pseudo-vilão, Deus da Morte e da Escuridão, que foi aprisionado dentro de um jogo 2D por seus próprios desenvolvedores para impedir que governasse e colocasse seus planos malignos em prática no mundo de Ragast.

Nosso objetivo? Libertar o Deus da Morte deste jogo ou sofreremos as consequências. Morkull era o Rei de Ragast, mas os desenvolvedores o prenderam e passaram o trono para Galat, o Deus da Guerra, que agora está transformando todo o reino que um dia foi de Morkull.

Morkull com seu humor totalmente quebrado / Reprodução: Autor

Quebre a quarta parede

O grande diferencial de Morkull Ragast’s Rage é o próprio Morkull, cuja personalidade irreverente e marcante dá vida ao jogo. A quebra da quarta parede intensifica essa conexão com o jogador, permitindo que o protagonista se comunique diretamente conosco. O jogo brilha ao integrar isso na introdução dos tutoriais, onde Morkull comenta e tira sarro de certas mecânicas, tornando a experiência mais envolvente.

Morkull sabe muito bem que está dentro de um jogo e quebra a quarta parede diversas vezes, conversando com nós jogadores ou dando pitacos sobre a narrativa do game e até mesmo a decisão dos desenvolvedores de estender certas áreas com ondas de inimigos.

A quebra da quarta parede sendo bem implementada nos tutoriais / Reprodução: Autor

“Minha arte e minha animação? Ah, meu amigo, são dignas de estar penduradas no Museu do Louvre… ou pelo menos em um banheiro chique!” – Ps: Morkull aqui!

Morkull Ragast’s Rage é totalmente focado em sua arte e animação, já que é inteiramente desenhado e animado à mão, quadro por quadro. Suas inspirações na cultura pop e em grandes títulos do gênero Metroidvania são bem claras, possuindo muitas semelhanças com o aclamado jogo Hollow Knight, tanto no estilo da arte quanto no escopo.

Seu combate, no entanto, é bem simples, com uma baixa quantidade de combos e variações de golpes. Como um Deus da Morte, Morkull recebe habilidades bem fortes e cruciais para um Metroidvania, como um forte ataque carregado, o tradicional pulo duplo, o “Destruidor de Novatos” (um ataque vertical muito poderoso) e também o dash.

A exploração do game é bem superficial, oferecendo apenas alguns itens básicos, como o upgrade de vida e a poção de cura, além dos já conhecidos colecionáveis, que são pouquíssimos. O jogo contém quatro áreas exploráveis, com a possibilidade de teletransportar de uma área para a outra através dos Portais Ancestrais, os famosos checkpoints.

As batalhas contra chefes são um dos pontos mais fracos do jogo. Com apenas três chefes, a experiência acaba sendo decepcionante, já que eles apresentam padrões previsíveis, pouca variação de ataques e barras de vida curtas, tornando os confrontos pouco desafiadores.

Castelo do Deus da Morte / Reprodução: Autor

Sonharam com Hollow Knight, mas acordaram longe disso

No geral, Morkull Ragast’s Rage é um jogo competente, mas que apresenta problemas evidentes, como a falta de uma narrativa envolvente e a necessidade de mais polimento no combate e na variedade de inimigos. O game passa a impressão de que os desenvolvedores utilizaram todas suas ideias na introdução e deixaram a desejar no restante da experiência. A quebra da quarta parede com o personagem principal é uma ótima ideia, mas é subutilizada, aparecendo pouquíssimas vezes ao longo do jogo.

Morkull Ragast’s Rage se apresenta como um jogo diferenciado, destacando-se pelo seu protagonista carismático, mas no fim das contas, entrega um Metroidvania genérico, sem tempero e sem ambição.

Esta análise é baseada na cópia de PC fornecida pela Selecta Play.

Morkull Ragast’s Rage
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