Microfone Fifine SuperFrame Edition SFM2 – Análise

Gabriel, vulgo Buda (@budabyte)
9 min de Leitura

Microfone é um periférico desejado por muitos gamers. Porém, nem sempre é possível equilibrar a qualidade e o preço. Os mais baratos não costumam entregar a melhor das qualidades e, quando falamos de Brasil, o baratinho é o que muitos procuram e podem comprar. É aí que entra o Fifine SuperFrame Edition SFM2.

Sendo um microfone de entrada, essa belezinha me custou “míseros” R$ 100 e entrega uma qualidade surpreendente pelo preço praticado. Nesta análise, iremos detalhar todos os pontos que fazem o Fifine SFM2 ser uma das melhores – senão a melhor – opção de baixo custo disponível em território brasileiro. Vem comigo!

Especificações técnicas

  •         Marca: Fifine x SuperFrame
  •         Modelo: SFM2
  •         Cor: Preto
  •         Sensibilidade: -40dB ± 2dB
  •         Padrão polar: Cardioide
  •         Taxa de resposta de frequência: Hz ~ 15 40 KHz
  •         Nível máximo de pressão sonora: 110dB
  •         Conexão: USB
  •         Relação de sinal-ruído: 78dB
  •         Material: Plástico ABS
  •         Tipo: Microfone condensador

Unboxing e construção

O microfone vem numa caixa simples e compacta. Ao abrir, encontramos um manual de instruções sem muitos detalhes (até pela simplicidade do microfone, que é plug & play), uma espuma para proteção, e por fim, o microfone. Junto dele, acompanham um cabo USB Tipo-C para Tipo-A emborrachado, o tripé de mesa e o shock mount para encaixe no tripé, que já vem acoplado no próprio microfone. Ponto positivo para o cabo de borracha, já que prefiro esse tipo de cabo ao tecido, que pode começar a desfiar com o tempo. O tripé, apesar de simples, cumpre bem o seu papel. O encaixe fica bem firme no microfone (sendo até difícil de remover depois), e após colocá-lo na mesa, não tem segredo, é só usar e ser feliz.

A construção do Fifine SFM2 é quase toda de plástico, mas de boa qualidade. De ambos os lados, existe uma grade, e por trás dela, o bom e velho LED RGB, que fica trocando de cor continuamente, já que não há forma de alterá-lo ou desativá-lo, exceto pela função que fica abaixo do microfone. Na parte traseira, está a porta USB-C, que mantém o cabo bem firme após conectado, parecendo resistente a qualquer movimento que possa danificá-la internamente.

Com um simples toque na parte inferior, podemos desligar o microfone por completo, silenciando nossa voz e apagando os LEDs. É um atalho rápido e de fácil acesso, e pode muito bem servir como alternativa para quem costuma “mutar” utilizando uma tecla. Apenas gostaria que fosse possível apagar a iluminação sem a necessidade de desligar o microfone.

Um ponto positivo é a leveza do microfone. Confesso que esse é meu primeiro microfone na pegada condensador, já que sempre utilizei os acoplados ao headset, e fiquei surpreso com o quão leve ele é. Isso facilita muito para quem vai usar o suporte de mesa que vem com ele, sendo muito fácil movê-lo para os lados ou para cima. Seu corpo de plástico e seu tamanho pequeno – com cerca de 12 centímetros de altura – certamente contribuem para essa facilidade.

Outro ponto positivo é o uso de um cabo USB para conexão com o computador. Pessoalmente, prefiro o USB à clássica conexão P2 de 3,5mm, pois não dependo da placa de áudio do meu computador para o processamento do som, mas sim do hardware do próprio microfone. A chance de ocorrer ruídos também é menor – algo que sempre me atormentou com headsets com plug de 3,5mm.

Qualidade de áudio

O Fifine SFM2 é bem direto ao ponto nesse quesito. Não existe qualquer tipo de software que melhore sua qualidade, e obviamente não há possibilidade de usar interfaces de áudio, já que seu cabo não é XLR. Apesar disso, lembrando seu preço acessível, a qualidade que ele entrega é bem satisfatória.

Meus testes iniciais foram feitos utilizando o app Gravador de Som, nativo no Windows 10 e 11, conhecido por ser simples e não modificar a voz. O som do SFM2 é limpo e deixa a voz bem natural. Não há presença exagerada de graves ou agudos; tudo é muito bem equilibrado. Vale lembrar que este microfone é do tipo cardióide, ou seja, ele é projetado para captar sons principalmente da parte frontal, enquanto rejeita sons vindos das laterais e da parte traseira.

Apesar de ser cardióide, ele não ignora tanto assim o som dos arredores. Meu computador fica a pouco mais de 1 metro do microfone, e ainda é possível captar, bem de fundo, o barulho das ventoinhas. O som das teclas e do clique do mouse também podem ser ouvidos, embora de forma sutil, algo que pode ser amenizado usando qualquer filtro de ruído.

Uma dica para quem adquirir este microfone é reduzir seu volume nas configurações do Windows. Por padrão, ele vem com o volume em 100, mas isso pode causar um pequeno “estouro” na voz se estiver muito próximo do SFM2. Reduzir para algo entre 90 ou 95, mesmo que pareça uma mudança pequena, resulta numa melhora interessante na qualidade final.

Por fim, como todo microfone, podemos utilizar filtros para melhorar a qualidade. Como mencionei anteriormente, isso não é feito de forma nativa, já que o SFM2 não possui software da Fifine, mas podemos usar filtros através de programas de terceiros. Eu, por exemplo, configurei o OBS Studio – app usado para gravações e streams – para dar aquele efeito de voz de podcast, focando mais nos graves. Isso, claro, vai de gosto pessoal e exige um certo conhecimento para aplicar, algo que um software dedicado poderia facilitar. Mas, considerando o preço de R$ 100, não dá para exigir muito.

Para mais detalhes de como minha voz soa com o SFM2, você pode conferir os episódios do Debug Mode e Mesa do Fliper, onde participo sob o nome de Buda.

O veredito

O Fifine SuperFrame Edition SFM2 é um microfone surpreendente, principalmente considerando o seu preço acessível. Com apenas R$ 100, ele entrega uma qualidade de áudio excelente para quem busca uma opção de entrada sem precisar gastar muito. Seu design compacto e leve, junto com a facilidade de uso plug & play, tornam-no uma escolha prática para gamers, streamers e até mesmo para quem trabalha de forma mais casual com gravações de voz.

Embora tenha limitações, como a impossibilidade de desligar o LED RGB sem silenciar o microfone e a falta de um software dedicado para ajustes de áudio, esses são apenas pequenos defeitos diante do custo-benefício oferecido. A captação clara e natural do som, com um isolamento razoável de ruídos laterais e traseiros, faz dele uma opção sólida para quem precisa de um microfone que funcione bem sem complicações.

Recomendo o Fifine SFM2 sem hesitar para qualquer pessoa que esteja buscando uma solução de áudio de baixo custo, mas que ainda assim entregue uma boa qualidade. Se você está cansado dos microfones acoplados a headsets ou quer dar um passo adiante em suas gravações, o Fifine SFM2 é uma excelente escolha!

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