God of War Ragnarök (PS4, PS5 e PC) – Análise

Alan (@Alanzice)
8 min de Leitura

God of War Ragnarök, lançado originalmente em novembro de 2022, é a aguardada sequência do aclamado God of War (2018), desenvolvido pela Santa Monica Studio e publicado pela Sony Interactive Entertainment. O jogo continua a jornada de Kratos e seu filho Atreus pelo mundo da mitologia nórdica, explorando eventos apocalípticos, batalhas épicas e relações familiares complexas. Com uma jogabilidade refinada e uma narrativa emocionalmente envolvente, Ragnarök mantém o alto padrão de seu antecessor, mas também se destaca por expandir o escopo do que foi estabelecido no jogo anterior. E a espera pela versão de PC finalmente terminou. Dia 19 de Setembro de 2024 a plataforma finalmente foi agraciada com a tão aguardada continuação.

Um mundo rico e fascinante

Voltando a falar do jogo em si, um dos pontos fortes de God of War Ragnarök é sua narrativa. A trama mergulha profundamente nos conflitos pessoais de Kratos, que tenta reconciliar seu passado violento com seu papel de pai. Atreus, por sua vez, começa a questionar sua própria identidade e destino, o que cria tensões entre os dois. O jogo equilibra habilmente os momentos introspectivos com cenas de ação grandiosas. A evolução de Atreus, agora mais velho e confiante, traz uma nova dinâmica à relação entre pai e filho, o que torna a narrativa ainda mais rica. A história também se entrelaça com o conceito de Ragnarök, o apocalipse nórdico, criando uma atmosfera de tensão constante.

A construção do mundo em Ragnarök certamente merece destaque. O jogo apresenta uma variedade impressionante de reinos, cada um com suas próprias paisagens deslumbrantes e características distintas. Desde os picos gelados de Midgard até as florestas exuberantes de Vanaheim, a ambientação é rica em detalhes e imersiva. Além disso, a Santa Monica Studio conseguiu integrar a exploração do ambiente com a progressão da história de forma fluida, permitindo que os jogadores descubram segredos, interajam com personagens e enfrentem desafios sem que a experiência se torne repetitiva.

No que diz respeito à jogabilidade, God of War Ragnarök mantém o combate visceral e estratégico que definiu o reboot de 2018, por mais que a mudança de gameplay e foto tenha dividido opiniões na versão original. Kratos utiliza novamente seu “insira possível spoiler aqui sobre as armas aqui”, mas agora com mais opções de personalização e habilidades. A adição de novos inimigos e chefes traz variedade e complexidade aos combates, desafiando os jogadores a adaptarem suas estratégias. Atreus, por sua vez, é mais ativo nas batalhas e pode ser controlado diretamente em momentos específicos, adicionando uma camada de profundidade ao sistema de combate.

Outro aspecto importante é o foco no desenvolvimento dos personagens secundários. Figuras mitológicas como Thor, Odin e Freya têm papéis centrais na narrativa, cada um com motivações e personalidades complexas. O jogo evita tratar esses personagens apenas como antagonistas unidimensionais, explorando suas histórias e criando momentos emocionantes de confronto e aliança. A relação de Kratos com Freya, por exemplo, evolui de maneira interessante após os eventos do jogo anterior, adicionando camadas de ambiguidade moral à história.

Um jogo lindo de morrer

Tecnicamente, God of War Ragnarök é um feito impressionante. Não só o jogo já tinha uma qualidade gráfica é excepcional no PS5, como a versão de PC é ainda mais bonita. Não quer esperar (e pagar) pelo PS5 Pro? Parabéns, você já tem a versão definitiva em suas mãos. Acho que não é necessário dizer que as texturas são extremamente detalhadas, iluminação realista e animações fluidas. O design de som, que vai desde os grunhidos poderosos de Kratos até a trilha sonora orquestral, eleva a experiência. E tudo isso com um nível de polimento admirável, com pouquíssimos bugs ou problemas de desempenho, mesmo em áreas mais abertas e complexas.

Vale lembrar também que aqueles jogadores que tiverem o DualSense, o controle do PS5, terão uma experiência ainda mais imersiva com o feedback háptico e gatilhos adaptativos. A versão de PC é totalmente compatível e a experiência será a mesma que no PS5. O controle por si só para mim é o melhor da geração atual e eu diria sim que vale a pena ter um para jogar os games do PlayStation no PC (fora outros jogos).

E para aqueles que ficaram curiosos se a versão de PS4 presta, posso dizer com propriedade que sim. O jogo continua lindo e o único detrimento é que o jogo sempre está travado em 30 FPS. Para 60 FPS só nas versões de PS5 e PC, sendo que as maiores resoluções e liberdade de configurações ficam para os computadores. É nem preciso falar sobre mods no PC, não é? Claro que isso fica fora do escopo da análise, mas tenha em mente que no PC você sempre pode trocar o Kratos pelo CJ (de GTA San Andreas) e o Atreus pelo Big Smoke.

Mas nem tudo são flores

Entretanto, apesar de todos esses elogios, Ragnarök não é isento de críticas. Alguns jogadores podem achar que a fórmula básica não se distancia muito do jogo de 2018, parecendo mais um DLC ou expansão (e convenhamos que meio que ele é). Embora o combate e a exploração sejam refinados, a estrutura geral de progressão e missões segue uma linha familiar. Isso não compromete a experiência como um todo, mas pode dar a sensação de que o jogo se apoia um pouco demais em seu antecessor em termos de inovação. Além disso, certos momentos da narrativa podem parecer apressados ou até mesmo intrusivos, especialmente considerando a magnitude dos eventos que o jogo tenta cobrir.

Vale lembrar outro ponto importante também sobre a versão de PC: a exigência de uma conta na PSN. Mesmo o jogo sendo single-player é necessário ter uma conta na PlayStation Network para jogar, o que gera todo aquele problema de basicamente cortar 175 países da lista de possível compradores. A boa notícia é que o Brasil está incluído então você pode adquirir o jogo no PC sem medo. Em troca você ganha também troféus na PSN ao jogar, para aqueles que gostam.

Concluindo

Em conclusão, God of War Ragnarök é uma sequência digna do legado da série, oferecendo uma história emocionalmente cativante, uma jogabilidade refinada e uma apresentação audiovisual de alto nível. Mesmo que não rompa totalmente com as convenções estabelecidas em God of War (2018), ele consegue expandir a experiência de forma significativa, tanto em termos de narrativa quanto de jogabilidade. Para os fãs de Kratos e para novos jogadores, Ragnarök é um épico moderno que merece ser vivenciado.

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God of War Ragnarök
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