A tradução de games para o português é uma boa?

Felipe Felizardo
4 min de Leitura

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Claro que sim! Ultimamente o mercado exterior de games, principalmente o americano que é o maior do mundo, resolveu voltar os seus olhos para nós brasileiros. Exatamente pelo fato de que nos últimos três a quatro anos o Brasil vem mostrando entusiasmo no crescimento não só na comercialização e “consumo” de games e consoles como também na produção dos mesmos. Tanto que a Microsoft e a Sony trouxeram seus queridos filhos para serem criados aqui. E é aí que a importância no nosso mercado aumenta.

O enigma do piano me deu um trabalho, mas me ensinou um bom inglês na marra
O enigma do piano me deu um trabalho, mas me ensinou um bom inglês na marra

 

A tradução para outras línguas já era comum com outras áreas do mundo que já demonstraram antes grande crescimento e interesse nesse campo consolista. Não só pelas vendas e compra, mas pelo alcance que um idioma pode atingir no mundo. Sendo o inglês o mais fácil pra todos, é a língua principal de qualquer jogo (quando não é o japonês, naturalmente) seguido pelo espanhol, francês e eventualmente alemão e até russo. E com o crescimento do mercado brasileiro com consoles e games, a tradução dos jogos para nosso “PT-BR” ficou impressionantemente mais comum.

Viva Piñata foi um dos primeiros games a ser OFICIALMENTE traduzidos para PT-BR. Mas desde os anos 90 já existiam traduções independentes
Viva Piñata foi um dos primeiros games a ser OFICIALMENTE traduzidos para PT-BR. Mas desde os anos 90 já existiam traduções independentes

 

Quase todo jogo agora tem legenda em português, tradução em português e até alguns tem cenários editados com língua portuguesa para melhor entendimento do jogador. Mas isso é realmente útil para nós? Sim, é. Para o entendimento do que se passa no jogo com certeza, sem dúvida e objeção alguma de minha parte. Mas o que se vê em abundância é a turma das antigas dizendo que ficou fácil demais pra turminha de hoje, e mais difícil pra eles entenderem outra língua.

Eu, particularmente (assim como vários amigos meus), aprendi inglês jogando no Super Nintendo e no PlayStation, numa época em que jogos eram em inglês, espanhol ou japonês. E sozinho. E era muito legal! Pra tentar entender um enigma de “Silent Hill”, por exemplo, eu tinha que estar com o dicionário, um lápis e um caderno nas mãos. Dava trabalho. Hoje é fácil demais. E jogar videogames deixa um cara inteligente, pode crer que deixa. E não é pouco.

E desse mito aqui, quem não lembra?
E desse mito aqui, quem não lembra?

 

E claro que deixa bem mais fácil, ninguém se interessa em aprender porque não é forçado a fazê-lo como antes. As coisas mudam. É o progresso. Fazer o que, hein? Mas o fato é que o cara aprende se quiser. O game também vem com a opção de linguagem original, o que proporciona a ele a oportunidade de aprender uma das línguas disponíveis. Mas se o cara não quer mesmo ou já manja, pode selecionar o português nas legendas ou até mesmo a opção dublada que já está cada vez mais comum também.

Brasileiros falando espanhol em pleno metrô de São Paulo? Sim, a Ubisoft fez
Brasileiros falando espanhol em pleno metrô de São Paulo? Sim, a Ubisoft fez

 

Mas aí vem de cada um, né. O interesse tá no jogador. Se ele quiser levar uma jogatina comum, ele leva. Mas se ele quiser absorver o máximo do jogo, só buscar.

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Jogador de gueimes, conhecedor de survival horror, pai da Cecília, Power Ranger nas horas vagas e muito rico. De saúde.Adicionem na Xbox Live ---> FelipeZardo
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