Gosta de Aliens? Gosta de Shooters? Sangue, tiros, violência gratuita e muita mutilação alienígena no (quase) melhor visual isométrico? Então veio ao lugar certo! Alien Shooter: Revisited é o game certo pra você, menino gamer!
Alien Shooter: Revisited é o remake do primeiro jogo da produtora indie, Sigma Team Inc., lançado lá atrás em 2003 para PC e relançado em 2009 para a Steam. Basicamente, temos um jogo de ação em terceira pessoa com câmera isométrico, estilo Diablo 2, e elementos de RPG jogável com teclado e mouse que fará seus dedos doerem e as letras no seu teclado sumirem!
O mais interessante é que a Sigma Team Inc. só produziu, ao longo de 12 anos de existência, dois tipos de jogos: Shooters de Zumbis e Shooters de Aliens, com 8 jogos no catálogo. Mas então, é bom ou não é?
História e Ambientação – 6.0/10
Alien Shooter: Revisited tem um “projeto de história” que em nada adiciona à nossa jornada, afinal de contas, ele é um jogo muito arcade, com poucos elementos intelectuais. Tudo é muito brutal e direto, o objetivo é claro e o passo ágil mal deixa o jogador respirar entre uma fase e outra, nos levando a um ímpeto de continuidade que impede o jogador de parar para ler qualquer coisa.
Os únicos elementos da sua trama que nos são apresentados estão, justamente, nos pós-lutas, junto com um menu com todos os melhoramentos disponíveis, em pouco menos de 2 parágrafos e num total de 10 fases…
Resumindo: Alien Shooter: Revisited tem pouco menos de uns 20 parágrafos de 3 linhas cada se referindo à história.
Ou seja, não há compromisso com uma trama mais aprofundada. É justamente esse o ponto mais forte desse tópico, afinal de contas, quem se importa com a história quando se tem cerca de 800 inimigos por fase esperando para manchar o chão de sangue.
O ponto fraco disso tudo está justamente na ambientação.
O game se passa num tipo de armazém subterrâneo que não combina com o tema do jogo (Aliens) e depois muda para outro local que, ainda que faça mais sentido e nos leve a compreender mais, ainda assim não combina muito.
Essa questão do cenário disléxico da temática do jogo não me tocou de forma alguma, nem me fez impressionar-me com as poucas descobertas feitas ao longo da jogatina. Enfim, ao meu ver poderia ser melhor, talvez se a trama se passasse no espaço ou até mesmo dentro de uma cidade bem populosa.
Qualquer coisa agora parece ser mais atrativo que matar Aliens dentro de um galpão subterrâneo.
Gráficos e Efeitos – 6.5/10
Bom, quem se lembra de Diablo 2 para PC? Sabe aquelas texturas revolucionárias para a época? Pois bem, como o primeiro Alien Shooter foi lançado em 2003, muita inspiração foi retirada de Diablo 2.
Ao meu ver deu muito certo no passado e, com o aumento de qualidade feito no remake, isso continuou a dar certo em 2009, não envelhecendo nada mal até 2015. Obviamente não há comparação entre um indie 3D topo de nicho e outro 2D underground, por isso devemos analisar cada caso em isolamento para não misturar as artes gráficas utilizadas.
Um fato que todos devem estar mastigando mentalmente agora é o do “por que diabos eles não foram mais além na qualidade gráfica se em 2009 já haviam sido lançados jogos com gráficos 2D melhores”?
Bom, após pensar um pouco depois de zerar o game eu cheguei à conclusão de que na época seria impossível aumentar o nível gráfico do jogo sem influenciar na performance do mesmo, afinal de contas trata-se de um jogo isométrico em 2D que encontrava-se engessado por uma limitação de hardwares gráficos.
Essa performance que eu disse se refere a uma horda de uns 60 inimigos simultaneamente na sua tela em meio a projéteis, explosões, chamas, gelo, sangue e muitos corpos ao chão.
Resumindo: ou mantinha-se a qualidade da jogabilidade ou mantinha-se a qualidade gráfica.
Já os efeitos, por conta dessa padronização gráfica, ficaram bem medianos. Economizaram na quantidade de sprites sem prejudicar a animação completa de cada um desses conjuntos. No fim tudo fluiu muito bem, sem travamento, numa taxa média de 550 quadros por segundo, jamais chegando abaixo dos 340 quadros.
Seria uma covardia dar uma nota menor que 6 para esses gráficos em 2009 e não vejo motivo aparente para reduzi-la ainda mais em 2015, todavia, como houve essas conservas gráficas que analisamos anteriormente seria injusto dar uma nota maior que 7 nesse tópico.
Música e Efeitos Sonoros – 7.5/10
A música é muito boa, mesmo tendo apenas duas durante todo o game. Uma para um momento mais tranquilo (que não passa da primeira fase do jogo) e outra para o resto, que se repete num frenesi eterno e que acompanha a frequente injeção de adrenalina dada ao jogador ao longo da jogatina.
Não há o que se falar quanto à música, a pouca que existe, funciona muito bem e acompanha o desenrolar da jogatina.
Os efeitos sonoros são bons, mas não há perfeição, o barulho da shotgun tem barulho de shotgun e do lança-chamas de lança-chamas. Senti falta de algo diferenciado, como os diferentes barulhos de morte de cada monstro com certa arma específica como ocorre em Duke Nukem 3D, mas enfim, mero luxo que não me exclui de dar uma boa nota para esse quesito.
Jogabilidade e Diversão – 9.0/10
Aí está a princesinha dos ovos de ouro! Vamos começar pelo começo.
Jogamos mirando e atirando com o mouse e andando, recarregando e trocando de arma com o teclado; rápido e direto na ação, comandos que são simples, mas não são enjoativos e nem me canso de apertar um só botão como acontece em algum Hack ‘n Slash da vida.
Possui também uma progressão de habilidades muito livre, com a possibilidade de escolha do personagem com diferentes habilidades, mas que podem ser melhoradas até o máximo no final do jogo. A liberdade de escolha é algo que realmente faz diferença no game de RPG, mesmo que não seja o objetivo de Alien Shooter: Revisited (né mesmo, Legend of Zelda? *Risos*).
A jogabilidade, enfim, é muito fluida, os comandos respondem bem e é muito satisfatório explodir cabeças alheias e lavar o chão com o sangue dos seus inimigos. Uma das poucas certezas que temos no jogo que a cada tiro haverá um Alien a menos no mundo, ou melhor, no universo inteiro!
A progressão de níveis também é muito satisfatória, assim como o escalonamento da dificuldade.
Talvez o ponto mais forte de todo o jogo seja justamente essa dificuldade brutal nos últimos níveis do jogo, com certeza fará apenas os melhores zera-lo, sem descanso para os mais fracos!
Porém o ponto fraco é justamente essa sombra: o game podia ser mais difícil! Não estou me gabando, mas na dificuldade mais complexa eu morri pouco mais que três vezes jogando pela primeira vez.
Creio que estou acostumado com esse tipo de jogo rápido e voraz, com pouco tempo para respirar e muito tempo com o dedo no gatilho; eu, sinceramente, gostaria de mais que 10 fases.
Não há qualquer conteúdo ou recompensa por ter zerado o game, fazendo com que ele seja muito curto. A sua campanha tem a extensão de pouco menos de 4 horas, podendo expandi-la por mais algumas horas nos dois modos extras, mas é só mais um pouco do mesmo.
Uma pequena pincelada: há o modo Survival, que contabiliza quanto tempo o jogador consegue ficar vivo (bem padrão); e o modo Gun Stand que é parecido com o Gun Game (famoso MOD de Counter Strike), aonde vamos matando chefes para ganharmos armas melhores (que muitas vezes não encontramos na campanha) enquanto temos que sobreviver à hordas cada vez mais brutais.
Enfim, é um daqueles games curtos, mas que valem cada segundo gastado nele. Faz bem pro ego e pode ser um substituto da xícara de café matinal, afinal de contas nada como uma injeção de adrenalina old school em 2D pela manhã!
RESUMINDO –
Alien Shooter: Revisited tem um ritmo rápido que escalona bem do primeiro nível até o décimo, com uma boa música, efeitos sonoros satisfatórios, gráficos razoáveis para a época, mas com uma história imperceptível e uma ambientação medíocre. Ainda assim é um bom jogo com boas injeções de adrenalina no jogador que não nos faz querer parar de jogar até terminar com esses malditos Aliens! Nota 7/10.
Alien Shooter: Revisited: Alien Shooter: Revisited tem um ritmo rápido que escalona bem do primeiro nível até o décimo, com uma boa música, efeitos sonoros satisfatórios, gráficos razoáveis para a época, mas com uma história imperceptível e uma ambientação medíocre. Ainda assim é um bom jogo com boas injeções de adrenalina no jogador que não nos faz querer parar de jogar até terminar com esses malditos Aliens! – Krolmn