Collar x Malice (PlayStation Vita) – Análise

Anne Camilla
5 min de Leitura

Collar x Malice, husbandos policiais para todos os gostos

O mercado de otome games/visual novels/dating sim no ocidente sempre foi mais carente em títulos do que o mercado oriental, já que para trazer os jogos, originalmente em japonês, para a América e Europa é necessário todo um trabalho de adaptação e localização que custa tempo e dinheiro das publishers. Contudo, essa realidade começou a mudar quando publishers como a Aksys Games passaram a investir na área nos últimos anos, localizando e adaptando diversos títulos para o Ocidente. A diversidade de otome games, que seguem uma fórmula em comum emaranhada nos mais diversos enredos e plot twists, nos traz experiências absurdamente distintas e surpreendentes. E este é um belo resumo de Collar x Malice, título lançado pela Aksys em julho de 2017 no Ocidente para o PlayStation Vita (o grande guardião dos otome games, dividindo lugar com o PC).

Collar x Malice conta a história de Hoshino Ichika, uma agente policial que trabalha em Shinjuku, Tokyo, lugar que está sofrendo com ataques anônimos de uma seita extremista chamada Adonis. Junto com a força policial, ela investiga os casos do X-Day Incident, atos terroristas cometidos pela seita na intenção de “livrar o Japão da podridão e da hipocrisia”, fazendo-o renascer. A protagonista acaba se envolvendo profundamente nas investigações da seita, e falar mais do que isso do enredo seria spoiler, portanto este é o fim. Repleto de personagens carismáticos e misteriosos, o jogo nos fornece diversos diálogos e ainda mecânicas que geralmente não são vistas em otome games comuns, como Quick-Time Events de tiro e investigações criminais com um sistema de point and click (lembrando que a temática do jogo é policial, logo, as mecânicas se encaixam perfeitamente).

Como todo bom otome game, estão à disposição da protagonista cinco belos rapazes com os quais ela poderá se relacionar (um de cada vez, claro). Cada rapaz (carinhosamente chamado de husbando, que é a pronúncia japonesa de husband, marido em inglês) traz um certo estereótipo, fazendo com que haja um husbando em potencial para todos os gostos. Em Collar x Malice, temos Aiji, Kei, Takeru, Mineo e Kageyuki, e cada um deles terá uma rota específica, que levará a um desenrolar específico da história e ao final feliz ao lado deste husbando (geralmente chamado de Good End ou Normal End). Durante o jogo, haverão diversas possibilidades de se chegar à um Bad End, o famoso Game Over, onde algo pode dar errado por culpa de uma decisão errada do jogador e alguém morrerá graças à isso. Por isso é importante sempre manter um save reserva enquanto estiver jogando, para se manter prevenido (até porque há relatos de que a versão de PlayStation Vita pode crashar durante a jogatina e fazer você perder o progresso do jogo, então mantenha um save atualizado sempre à mão!).
Caso você queira completar 100% do jogo (em consequência, platiná-lo), será necessário arranjar um walkthrough online (tarefa que não é fácil, já que o jogo foi lançado há pouco tempo e ainda não existem muitos guias disponíveis), e a jornada não vai ser fácil. O sistema de Skip nos diálogos já lidos e o Quick Save ajudam a acelerar o processo, mas será necessário, entre outras coisas, presenciar todos os Endings disponíveis no jogo, o que exigirá bastante paciência.

Collar x Malice é um otome game mais adulto, com uma temática mais humana e densa do que a pegada fantasiosa que pode ser vista na maioria dos jogos do gênero. O jogo não chega a ser cansativo, priorizando sempre a investigação e os mistérios. Você terá que, de fato, entender os atos criminosos e estudar o terrorismo de Adonis, debater com seus colegas e tentar solucionar o mistério principal: quem é Adonis e como pará-los. Tudo isso, é claro, enquanto se apaixona por um charmoso husbando e tenta não morrer nem matar ninguém durante a jogatina.

Anne Camilla é redatora do site The Magic Scroll e colaborou com a GameFM nesta análise. Nota 8/10.

Collar x Malice: Collar x Malice é um otome game mais adulto, com uma temática mais humana e densa do que a pegada fantasiosa que pode ser vista na maioria dos jogos do gênero. O jogo não chega a ser cansativo, priorizando sempre a investigação e os mistérios. Você terá que, de fato, entender os atos criminosos e estudar o terrorismo de Adonis, debater com seus colegas e tentar solucionar o mistério principal: quem é Adonis e como pará-los. Tudo isso, é claro, enquanto se apaixona por um charmoso husbando e tenta não morrer nem matar ninguém durante a jogatina. Anne Camilla

8
von 10
2017-09-04T19:48:23-0300
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