DOOM (Switch) – Análise

Pedro Varoni
4 min de Leitura

Corta para o final de 2016. Quando o Switch foi anunciado oficialmente pela Nintendo, muito se prometeu a respeito do console. Os jogadores já imaginavam quais games jogariam no aparelho, mas nunca passou pela cabeça ter um título como DOOM, da id Software, disponível no catálogo.

Se você tirar uma screenshot, hoje, do menu do Switch com alguns dos games mais recentes instalados, e mostrar para pessoas do passado, a descrença seria geral. DOOM faz parte destes exemplos. O game foi convertido para o Switch, mantendo todo o seu conteúdo em termos de jogabilidade e com extrema fidelidade visual.

Ficou bonito?

DOOM no Switch mostra do que o console é capaz. É verdade que os gráficos não estão na mesma qualidade do que foi visto no PS4, Xbox One ou PC, mas é algo muito próximo. O visual é um pouco “lavado” demais, o que deixa tudo com aspecto de plástico, mas ainda impressiona pela quantidade de detalhes na tela, sem perder o ritmo ou qualquer cadência de quadros.

A versão Switch de DOOM é bonita, ainda que não seja equiparável às outras. Quem não jogou em aparelhos passados – e não tem interesse de comprar esta versão do game – vai poder tirar um proveito maior, já que não há experiência anterior para comprar. O visual tem um custo, porém: carregamentos demorados para entrar nas fases ou até mesmo para iniciar o jogo.

O peso também é grande. DOOM vai ocupar um bom espaço no armazenamento do Switch por conta de seu visual e conteúdo, o que deve te obrigar a comprar um cartão de memória maior ou expandir o que está dentro do seu console.

Então, sim, DOOM ficou bonito no console da Nintendo, mas tudo tem seu preço. Há uma clássica troca equivalente para quem deseja ter o game no seu aparelho de preferência, mas, sinceramente, nem é um custo tão alto.

E os controles?

Os verdadeiros problemas de DOOM no Switch começam com os controles. O Joy-Con acoplado na “base” que vem com console simplesmente não foi feito para jogar FPS, ainda mais um tão frenético quanto este. Os controles fazem sua mão doer de tão pequeno que é e há uma sensação constante de que o analógico não será o suficiente para lidar com a rapidez que o game exige.

Com o Joy-Con encaixado no Switch, no modo tablet, a coisa muda de figura. O jogo funciona um pouco melhor assim e a mão dói menos. Mas, para um game como DOOM, o ideal é jogar sempre na TV, já que são muitos detalhes na tela e o diminuto visor do console nem sempre vai dar conta nas horas mais necessárias.

Talvez a configuração mais adequada seja jogar com os Joy-Con totalmente desacoplados da base ou do console, como se fossem os antigos Wii Remote. Funciona um pouco melhor e te permite jogar sem limitar o movimento de suas mãos – ainda que o game não tenha nenhuma compatibilidade para sensor de movimento.

Conclusão

Em termos de história, conteúdo e ação, não há muito o que falar – é o mesmo DOOM que conhecemos e aprendemos a amar em outros aparelhos. O visual não se garante tanto, mas é competente e mostra do que o Switch é capaz. Os controles são atrapalhados, mas há uma configuração ideal para cada jogador. No fim das contas, é sempre bom ter um jogo deste tipo em um console tão improvável. Mostrando que não há barreiras para o novo “pequeno notável” da Nintendo. Nota 8.5/10.

DOOM (2016) (Switch): Em termos de história, conteúdo e ação, não há muito o que falar – é o mesmo DOOM que conhecemos e aprendemos a amar em outros aparelhos. O visual não se garante tanto, mas é competente e mostra do que o Switch é capaz. Os controles são atrapalhados, mas há uma configuração ideal para cada jogador. No fim das contas, é sempre bom ter um jogo deste tipo em um console tão improvável. Mostrando que não há barreiras para o novo “pequeno notável” da Nintendo. pedrovaroni

8.5
von 10
2018-01-16T12:25:35-0300
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