Sejam Bem-vindos!
Estou estreando a nova coluna da GameFM chamada “Objection!”. Nela, o autor do texto estará dando a sua visão sobre um determinado assunto, com o propósito não só de dar sua humilde opinião, como também promover uma discussão sobre o tema.
Mas quem sou eu para dar opinião sobre alguma coisa? Bom, eu trabalho na indústria de games a 20 anos, já desenvolvi 17 jogos, trabalhei em 6 empresas diferentes e hoje sou consultor, produtor e game designer do meu próprio estúdio.
De qualquer maneira, vamos começar falando de jogos usados.
Esta é uma polêmica que ouvimos muito aqui no Brasil porque nem indústria de novos temos, quanto mais de usados. Mas lá nos EUA, é uma questão muito comum porque grande lojas tem setores enormes dedicados a jogos usados e planos aonde você pode trocar seus usados e ganhar créditos para usar como quiser.
Quem acompanha a imprensa internacional vê que é normal grandes executivos dizerem que a indústria de games vai ser destruída pelos usados ou como grandes empresas como a EA e UbiSoft vai falir porque não compramos jogos novos.
Recentemente o empresário Denis Dyack disse que “não haverá industria” se o mercado de usados continuar como está.
Vale lembrar que a indústria de cinema reclamou que iria ser extinta caso o mercado de vídeo locadoras não fosse combatido. E ninguém morreu por isso.
Uma indústria é extinta quando tenta culpar os consumidores por sua própria incompetência e age como coitada quando as coisas dão errado. O correto seria incentivar a lealdade do consumidor.
Hoje, temos empresas que nos deixam com ainda mais raiva (Capcom), temos online passes e os absurdos dos DLCs que juntos custam uma pequena fortuna (EA).
Senhores, estes são os motivos (se houverem) que irão destruir a indústria. Ou seja, ela está se auto-destruindo.
Só para finalizar, o senhor Denis Dyack nos trouxe jogos como Too Human e X-Men: Destiny. Talvez se o cara se preocupasse em fazer bons jogos, ele não estaria reclamando agora.
Até a próxima pessoal.
Pois é, Rodrigo. Esse tipo de prática capitalista agressiva vai acabar matando a indústria mesmo. E parabéns pela coluna. Quero ver mais textos em breve. :-)
Não sei por que mas ri muito no comentario final.
São Paulo tem algumas lojas boas de troca e compra/venda de jogos usados. Infelismente não conheço nenhuma no Rio de Janeiro.
Tô morrendo de dó da Ubisoft eheheh…
Esses senhores iluminados já pensaram que na maioria das vezes quem vende um jogo usado usa o $$ pra comprar uma game novo?