Gestalt: Steam & Cinder – Análise

Gabriel, vulgo Buda (@budabyte)
7 min de Leitura

Gestalt: Steam & Cinder é o título de estreia do estúdio Metamorphosis Games e chega ao mercado sendo facilmente um dos metroidvanias mais aguardados do ano. Impressionando o público com seu lindo visual, o game é inspirado em clássicos da era 16-bits e 32-bits, e conta com uma trama envolvente que deve prender boa parte dos jogadores. Será que o game faz jus ao hype? Se liga na análise!

História profunda

No passado, um evento chamado Calamidade ocorreu, onde um Pórtico surgiu, permitindo a entrada de demônios em nosso planeta. Quando a humanidade estava à beira da extinção, um grupo de pessoas recorreu ao Abismo e tomou seu poder para si. Por ser um poder temível, quem o possuísse deveria se transformar em um demônio para dominá-lo. A humanidade então converteu este poder em Armaduras, vestidas pelos guerreiros akhaianos, que conseguiram derrotar os demônios. No entanto, os akhaianos foram corrompidos e exilados, jurando vingança contra todos. Mesmo em ruínas, o restante da humanidade ergueu Canaan, a Cidade do Vapor, onde o game se passa. Surge então a Vanguarda, guerreiros de Canaan que lutam contra a ameaça akhaiana, que nunca os atacaram, pelo menos não até o início de nossa aventura.

Nossa personagem principal, Aletheia, junto com diversos outros personagens, traz brilho à história de Gestalt: Steam & Cinder. A quantidade de diálogos presentes no game é imensa e acrescenta muito à história, que possui um grau de profundidade a ponto de envolver questões políticas em determinados momentos. Infelizmente, esse grande número de conversas pode incomodar em alguns momentos, pois atrapalham determinados momentos de ação, quebrando um pouco o ritmo. O jogo também não oferece nenhuma opção para pular diálogos, e por mais que eu seja contra isso, certamente será o desejo de muitos.

Trama de Gestalt é incrível / Reprodução: Autor

Gameplay satisfatória

Gestalt: Steam & Cinder é um metroidvania que não reinventa a roda, mas, mesmo fazendo o simples, faz bem feito. Todos os elementos que você imagina encontrar em um metroidvania estão aqui, sem maiores novidades. Exploramos, realizamos backtracking, liberamos segredos conforme desbloqueamos novas habilidades; enfim, o padrão de sempre, mas que funciona muito bem, principalmente quando unimos todas essas mecânicas com a gameplay prazerosa que o game oferece.

Aletheia é uma personagem muito acrobática, com movimentos precisos e fluidos, tanto em sua animação quanto na questão do controle em si. Seja no combate ou nos momentos de plataformas, tudo é bem prazeroso de jogar devido à facilidade de controlar o personagem. A evolução também é constante, já que, devido à nossa extensa árvore de habilidades, desbloqueamos melhorias para Aletheia a todo instante, causando a sensação de que realmente estamos melhorando durante a campanha. Isso fica ainda mais visível na dificuldade, que pode ser incômoda para alguns, visto que Gestalt não é um jogo muito difícil, nem mesmo durante as boss battles, que possuem chefes com padrões fáceis de memorizar. Nesse caso, posso dizer que o game serve bem como um primeiro metroidvania, mas, para os mais experientes, não há muito desafio aqui. Acabou faltando um seletor de dificuldade ou sliders customizáveis para o pessoal mais hardcore.

Uma coisa que senti falta foram mais seções de plataforma. Como mencionei anteriormente, a gameplay do jogo é bem satisfatória, e, unindo a esse fator, mais momentos de plataforma poderiam estar presentes. Com exceção de uma fuga na área de Fornax, que envolve escapar enquanto a lava do local se eleva, são raros os momentos que realmente desafiam a precisão do jogador. O foco ficou muito na parte de combate, e faltou um melhor aproveitamento das plataformas.

Descendo a espada num inimigo / Reprodução: Autor

A arte é um espetáculo

Gestalt conta com uma trilha sonora curiosa. Em diversos diálogos, ouvimos épicas melodias enquanto conhecemos mais sobre a história do game. No entanto, durante o combate, a presença da trilha sonora é bem fraca. Momentos que deveriam ser épicos se tornam apenas mais um. Do que podemos ouvir durante a gameplay, a trilha sonora é realmente boa, mas faltou presença para tornar certos momentos mais marcantes. Considero a música um fator primordial em um jogo, capaz de mudar completamente nossa visão em determinadas cenas, e isso faltou neste game.

E como não falar da arte? De longe, foi o aspecto que mais me chamou atenção quando vi as primeiras imagens e trailers do game. A pixel art é linda e, dentro de suas proporções, é muito bem detalhada. Quando os detalhes se unem às vibrantes cores, temos um visual que é um espetáculo à parte. Isso sem mencionar os retratos dos personagens durante os diálogos, que também são muito bonitos. Vale também mencionar Canaan, que é uma cidade muito bem arquitetada, representando perfeitamente o gênero steampunk.

Que arte sensacional, meus amigos / Reprodução: Autor

Aquele arroz com feijão bem feito

Gestalt: Steam & Cinder é simples e poderia ser só mais um metroidvania entre tantos, mas não, ele consegue manter sua solidez durante toda a campanha, oferecendo uma gameplay muito satisfatória, atrelada a uma história intrigante. Obviamente, existem pontos que poderiam ser melhores, como a questão da dificuldade facílima, mas, no geral, a experiência é positiva. Fico no aguardo para futuras experiências envolvendo essa franquia em potencial. Nota final: 8.0/10.

Prós:

  • História intrigante
  • Personagens bem elaborados
  • Gameplay muito satisfatória
  • Arte linda

Contras:

  • Faltou mais presença da trilha sonora
  • Poderia oferecer maior dificuldade
  • Plataformas pouco aproveitadas

 

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Gestalt: Steam & Cinder: Gestalt: Steam & Cinder poderia ser só mais um metroidvania, mas vai muito além disso. Ele consegue manter um gameplay sólido atrelada a uma história intrigante. Mais que recomendado. budabyte

8
von 10
2024-07-20T12:35:17-0300
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