Na última semana, tivemos a oportunidade de testar o acesso antecipado de Grim Trials, um novo roguelite com visual cartunesco, claramente inspirado no premiado Hades. O jogo está sendo desenvolvido pelo estúdio indonésio Glory Jam e distribuído pelos estúdios Neon Doctrine e Soft Source.
Em busca de um propósito
Iniciamos na pele de Avelin, uma jovem que teve sua vida interrompida de forma prematura, deixando para trás seu grande amor. Agora, ela se vê sendo recrutada como uma das muitas Ceifadoras da Morte – seres encarregados de perseguir almas corrompidas e enfrentar os próprios demônios internos.
Para cumprir sua missão, Avelin precisa desbravar um submundo sombrio e instável – um lugar que, de certa forma, reflete sua própria mente e angústias. Somente ao superar os inúmeros desafios e provações desse universo hostil ela poderá alcançar seu verdadeiro potencial como Ceifadora completa. Seu maior desejo é poder encontrar uma maneira de reviver o amor que perdeu, mantendo viva a esperança de reencontrá-lo mais uma vez.

Uma Ceifadora em treinamento
O objetivo central de Grim Trials é derrotar as Sete Almas Pecadoras, um passo essencial para provar seu valor e se consolidar como uma Ceifadora legítima, partindo da condição inicial de uma prodígio ainda em treinamento.
O looping de gameplay do jogo é o de um tradicional roguelite, já que a cada sala de inimigos limpa, recebemos três opções de bênçãos, que podem envolver melhorias em atributos como velocidade, dano, dano crítico, recuperação de vida e outros.
Além disso, temos a nossa disposição duas armas, sendo uma delas focada no melee e outra no longo alcance. Também podemos fabricar armas, equipamentos e poções durante as nossas expedições no limbo. Obtendo materiais específicos, conseguimos realizar melhorias em nossa Ceifadora, já que cada arma ou equipamento tem suas passivas para dar aquela ajudinha durante as expedições.
O jogo possuí mecânicas básicas de combate, como o dash, ataque leve, tiro de besta e o ataque especial – para usá-lo, precisamos encher a barra de fervor, sendo carregada com ataques básicos ou tiros de besta em inimigos.

Purificadora de almas
Em Grim Trials, a progressão do jogador acontece por meio das missões oferecidas pelos personagens que habitam a academia – o lobby do jogo. Nesta fase de acesso antecipado, estão disponíveis quatro personagens principais: Milyun, o habilidoso alfaiate; John, o experiente mentor; Ivanya, a misteriosa bruxa e Pytra, a armeira especialista.
O acesso antecipado apresenta dois chefes finais exclusivos, além de uma diversidade significativa de inimigos que desafiam o jogador nas diferentes salas do limbo. A academia funciona como um hub central, onde é possível visitar a sala de armas, a sala do alfaiate e a sala de poções, cada uma oferecendo melhorias e recursos essenciais para as expedições.
Grim Trials conta com uma árvore de habilidades simples, na qual as almas coletadas durante as expedições são transformadas em runas de alma. Essas runas podem ser investidas para desbloquear ou aprimorar habilidades, e o jogador tem a liberdade de redistribuí-las a qualquer momento, permitindo total flexibilidade na evolução do personagem.

Grim Trials é um Roguelite bem modesto, mas que vale à pena ser conferido – especialmente para aqueles que gostam de mergulhar profundamente neste gênero. O jogo traz claras inspirações de outros títulos consagrados, mas se esforça para construir sua própria identidade, principalmente por meio de seu visual, com gráficos em estilo cartoon feitos à mão, que conferem uma atmosfera charmosa.