A existência dos NNIDs e o relacionamento através de contas, vai dar à Nintendo a habilidade de mudar a maneira com que seus produtos são vendidos.
O presidente da empresa, Satoru Iwata chamou atenção para o modelo em que se vende um aparelho por algumas centenas de dólares e jogos por 50 ou 60 dólares e disse que este modelo está se tornando inviável e deve ser abandonado a longo prazo.
O primeiro aspecto a ser modificado é o modelos de preço fixo para os jogos. Iwata sugeriu que um modelo aonde o preço do jogo pode ser modificado de acordo com cada consumidor baseado em suas NNIDs: se alguém compra 5 jogos em um ano, vai ganhando descontos progressivos ou criar incentivos para usuários que recomendem jogos para seus amigos.
“Se chegarmos a tal mecanismo de vendas, podemos esperar um aumento do número de jogadores por título e um aumento de jogadores que jogarão com mais amigos. Isto pode ajudar a manter uma alta taxa de uso de um console. Planejamos trabalhar neste novo mecanismo de vendas a médio prazo, mais queremos começar os testes com o Wii U.”
Tal flexibilidade vai ser também estendida aos mercados emergente s de games em todo o mundo. A Nintendo é uma empresa globalmente reconhecida, mas Iwata esclareceu que o preço de seus produtos está além da capacidade de compra em certos países. Apesar de não ter mencionado um ou outros, ele certamente estava se referindo a países como o Brasil e a Índia, aonde a demanda tem crescido consideravelmente com o aumento da renda per capita.
“A Nintendo não pretende deixar de vender seus consoles nestes novos mercados, mas para que haja uma expansão significativa na base de consumidores por lá, precisamos de uma família de produtos de hardware e software com uma estrutura de preços completamente diferente da dos mercados desenvolvidos.”
“Planejamos nos conectar com consumidores que ainda não possuem um console Nintendo ainda, o que vai ter um papel importante em cultivar novos mercados. Assim que conseguirmos estabelecer esta ligação com consumidores nestas nações, poderemos usar os aparelhos mobile para divulgar informações bem como montar uma sólida infraestrutura de distribuição. Planejamos dar um passo significativo para estes novos mercados no ano de 2015.”