Resident Evil 5: Retribuição é um filme fraco e com pouquíssimas referências aos jogos

Felipe Felizardo
5 min de Leitura


ATENÇÃO: Não darei muitos detalhes do filme, mas mesmo assim o texto a seguir contém spoilers! Quem não assistiu e não quiser ler, dê meia volta pra não se decepcionar!

Resident Evil 5: Retribuição” estreou oficialmente nos cinemas ontem e causou alvoroço entre os fãs da franquia mais rentável e famosa da Capcom. O filme finalmente trouxe personagens populares como Leon S. Kennedy, Ada Wong e Barry Burton nas versões de carne e osso, mas como já é de praxe Alice é quem tem os holofotes todos pra ela. E como já era de se esperar, como detesto as adaptações de Paul W. S. Anderson, o filme não superou as expectativas. Foi ainda pior. Alice (Milla Jovovich) é a super-heroína ninja da história e acaba sendo capturada pela Umbrella mais uma vez e precisa escapar novamente de um laboratório. Para ajudar Alice, Albert Wesker (Shawn Roberts) enviou um grupo de mercenários liderados por Leon S. Kennedy (Johann Urb, e WTF?!). Ada Wong (Bingbing Li) também está nesse grupo (plausível pois nos games ela trabalhava para Wesker) e precisa explicar trocentas vezes para Alice que o laboratório em que se encontram simula as maiores cidades do mundo (e Ada usa seu vestidinho no friozão do norte da Rússia).

Johann Urb não convenceu muito no papel do herói Leon Kennedy

Jill Valentine (Sienna Guillory) agora é controlada pela Umbrella e liderou o ataque ao comboio de Alice, o que resultou na captura da mocinha. Sienna não é tão boa atriz quanto se espera e parece ter alguns problemas ao encenar disparos, mas convence bastante com suas cenas de luta que são no mínimo eletrizantes. O Barry Burton (Kevin Durand) parece ter sido o que mais deixou sorrisos no rosto dos fãs de “Resident Evil”. O ator encenou muito bem o experiente membro da STARS, usando todo o figurino do primeiro game, inclusive sua Colt Python que era sua melhor arma no game.

Barry Burton foi o único personagem que mais se assemelhou ao seu eu dos videogames

Wesker parecia ter morrido em “Resident Evil: Recomeço” mas retornou nesse filme como o salvador de Alice (WTF!?²). O personagem ganharia uma adaptação impecável nos filmes se não fosse por dois problemas: Shawn Roberts é muito parecido com o Gugú e precisa emagrecer um pouquinho pra ficar robusto como o maior inimigo de Chris Redfield (que era magrelo e quase careca no filme anterior). Fora isso, Roberts consegue passar a imagem de malvadão de Wesker mesmo aparecendo pouquíssimas vezes no longa. E os interesses de Wesker em salvar Alice deixaram muitos espectadores intrigados durante o filme.

Shawn Roberts como Albert Wesker. Não parece o Gugú?

O enredo do filme apresentou defeitos em várias partes. Como no terceiro filme dirigido por Paul Anderson, Alice diz que o T-Virus assolou e secou rios e mares, além de destruir a natureza e que apenas o Japão tinha escapado desse apocalipse. Não é o que vemos neste quinto filme. O clima na Rússia parece tão normal quanto antes e as cidades estão todas lá, sem deserto nenhum (depois eu falo que detesto os live action e vem nego me falar abobrinha…). O filme conta com várias cenas de tiroteio, lutas, perseguições, mas o terror, característico dos games, que é bom, nada. Incrivelmente fraco, “Resident Evil 5: Retribuição” deixou a desejar. E é que nem muitos dizem por aí: “Se os filmes não tivessem o título de ‘Resident Evil’ com certeza seriam salvos”. Então creio eu que antes de os haters meterem o pau no rumo que a franquia levou nos videogames, deveriam dar uma olhada nos filmes primeiro. Provavelmente vão preferir os jogos, assim como eu.

 

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Jogador de gueimes, conhecedor de survival horror, pai da Cecília, Power Ranger nas horas vagas e muito rico. De saúde.Adicionem na Xbox Live ---> FelipeZardo
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