O evento que anunciou o PlayStation 4 para o mundo finalmente aconteceu dia 20 em Nova York, e trouxe muitas surpresas, e confirmou também vários dos rumores sobre o console, e o que ele teria a oferecer não só para o público, mas também para as desenvolvedoras.
O evento começou com o que seria o nome do novo console, que ficou sendo PlayStation 4 mesmo. Como imaginávamos, o nome Orbis ficou apenas para o kit de desenvolvimento, e parece também que o fenômeno da “tetrafobia” dos japoneses foi contornado, já que durante as apresentações, os japoneses referiram ao console como “PlayStation Four”.
Logo após, foi mostrado também o novo controle do PS4, o Dualshock 4, graças a deus nada daquela palhaçada de Sixaxis (ou Suxaxis, se preferir). O controle tem um design semelhante ao do protótipo que vazou recentemente, apresentando todos os botões que vimos antes, e uns que não foram mencionados. O controle tem, no lugar do Start e Select, um touchpad parecido com o touchpad traseiro do Vita, e dos lados, um botão Share e um botão Options. Os outros botões todos estão presentes, além de uma entrada P2 na parte inferior, e uma barra com sensor que parecia semelhante ao do PlayStation Move.
Além disso, mostraram muito brevemente que o novo controle do PlayStation 4 terá algum tipo de interação com a nova câmera, a nova PlayStation Eye. A câmera consegue gravar vídeos em 1280×800 a 60fps, e tem um campo de visão de aproximadamente 85 graus. Possui duas câmeras, e microfone embutido. Além de ser meio feinha, mas como ainda pode estar sujeita à alterações, não vou reclamar.
Algumas coisas sobre os specs do console também foram revelados: aparentemente o processador será um x86, ou seja, 32-bit, o que é o suficiente por ora, vai ter 8GB DDR5, o que é uma maravilha para os desenvolvedores, e para nós também, claro, apesar do que RAM DDR5 é um tanto mais cara do que o comum, sem contar que o máximo que você encontra para o público é um pente de 512 DDR5, logo ou é uma memória customizada para o PS4, ou tem 16 pentes de memória de 512 de RAM. Tenso.
Um dos grandes atrativos do novo PlayStation é a arquitetura dele, que é muito semelhante a de um PC, ou seja, aprece que eles aprenderam mesmo com as dificuldades que os desenvolvedores tiveram com o PS3, e fizeram um console mais amigável para as third-party.
Além disso, terá HD interno, naturalmente, mas não se sabe de quanto será a sua capacidade. Um outro chip estará presente no console, dedicado exclusivamente para processamento secundário, ou seja, para maximizar o multitasking do PS4, entre outras coisas, como a função Share.
A função Share funciona como os rumores diziam: o console estará constantemente gravando o seu progresso, e a hora que você quiser, poderá parar o jogo, selecionar uma parte da gravação e fazer o upload, para compartilhar com os seus amigos.
Mais sobre isso foi visto quando chegou a hora da apresentação da Gaikai, a carta na manga da Sony que todos estavam esperando. E o serviço e streaming mostrou ser muito mais do que todos esperavam, adicionando a possibilidade de acessar toda a biblioteca de jogos da nova PS Store por streaming, e ainda a intenção (intenção, não é realidade ainda) de complementar essa biblioteca com todos os jogos das gerações anteriores, incluindo PS1, PS2 e PS3. Ainda não sabemos se vai haver retrocompatibilidade física, ou seja, jogar seus jogos de PS3 no PS4.
O serviço de streaming também poderá ser utilizado para fazer livestream do seu jogo a hora que você desejar, inclusive com direito a parte de comentários dos seus amigos, ou de desconhecidos, se você permitir. O suporte ao Ustream, além do Facebook , estará presente também. Outra novidade é que você pode fazer outras pessoas entrarem no jogo pelo streaming, para te ajudar na parte em que você está travado, ou ajudar com itens e afins.
Agora vamos para os jogos! O primeiro jogo a ser apresentado foi Knack, um título da lançamento que, apesar de simples, mostra como o PS4 lida com a quantidade de polígonos e partículas voando na tela. O personagens são bastante expressivos, e a quantidade de formas que o protagonista pode ter deve trazer opções interessantes de gameplay. Confira o trailer:
O próximo jogo anunciado foi Killzone: Shadow Fall, da Guerrilla Games. Eles não marcavam presença desde o lançamento do PlayStation 3, com Killzone 3. O jogo se passa 30 anos após a trilogia original, com uma grande muralha separando as duas facções, Helghast e Vektan. Os gráficos são ótimos, sem nenhum serrilhado, mas a jogabilidade não sofreu grandes mudanças em relação aos outros jogos.
O próximo na lista de jogos é Driving Club. Com uma proposta semelhante a Forza Horizon, de clubes onde você pode correr e competir contra amigos e desconhecidos, e apesar do trailer bonito, o apresentado no Meeting tinha gráficos bem aquém do esperado, e elementos do cenário ficavam aparecendo durante o gameplay. Melhor esperar até 2054 por Gran Turismo 6.
Logo após, foi a vez da Sucker Punch mostrar inFAMOUS: Second Son, que se passa 7 anos após a saga de Cole McGrath, com um novo protagonista, Delsin Rowe, que tem que combate o sistema opressor da D.U.P, que é contra os conduits. Deu a impressão de que será o mesmo de sempre, só que com fogo (e muitas partículas de fogo, por sinal).
Outra surpresa foi a aparição do criador de Braid, Jonathan Blow, que trouxe o anúncio de um novo jogo de puzzle para PS4: The Witness. Bastante colorido e estilizado, tem jogabilidade muito parecida com o saudoso Myst.
A Ubisoft e a Activision marcaram presença, como sempre, com a mostra de Watch_Dogs, que também será lançado para PS4, além de PS3, e ainda com um trailer mostrando mais um pouco de gameplay, e a Activision com a Bungie, mostrando um pouco do novo jogo que ela está desenvolvendo, Destiny.
Outras novidades que não são exatamente jogos ficaram a cargo da Quantic Dream, mostrando o que eles conseguem fazer com o PlayStation 4, na sua nova engine. Confira.
Falando em engine, a Capcom apareceu no palco, mais especificamente Yoshinori Ono, para falar, e mostrar também, um pouco da Panta Rhei, a nova engine da desenvolvedora, e a nova franquia que está sendo feita, Deep Down.
A Media Molecule, de Little Big Planet, mostrou que conseguiu criar um editor de objetos 3D utilizando o move, e como isso pode ser aplicado para “tornar seus sonhos realidade”. Isso aplicado a LBP vai ser absurdo.
A Blizzard também estava lá, para anunciar que Diablo III será lançado para PlayStation 3 e PlayStation 4. Ok.
O grande Fail da noite ficou por conta da Square, que fez uma apresentação completamente desnecessária, mostrando MAIS UMA VEZ o demo Agni’s Philosophy, rodando na Luminous engine, somente para dizer que roda no PS4. O presidente da marca Final Fantasy apareceu no palco por menos de 5 minutos, só pra dizer que um novo Final Fantasy vai aparecer na E3.
Melhor seria se não tivesse dito nada.
E a apresentação acabou aí. Não, eu não esqueci nada (eu acho), e o mais importante, que foi o console, não foi mostrado, e também não sabemos nada sobre mídias físicas, o que é relativamente preocupante.
A apresentação no geral, pareceu que a Sony estava desesperada para mostrar alguma coisa, e mostrou o que tinha pronto, por isso, nada de console. Bom, deu certo, porque o novo console está na boca de todos.
É a vez da Microsoft. Vamos ver o que ela tem planejado como contra-ataque, ou se ela vai esperar até a E3.
Alguém sabe dizer se para jogarmos online no novo console será necessário pagar, assim como na XBLA?
Isso aí é algo que nem o Yoshida responde, infelizmente. Não sabemos de nada ainda :P