Sessão Classic Especial Halloween 2 – Castlevania II: Simon`s Quest (1987)

Luiz Felipe Guimarães
4 min de Leitura

What a horrible night to have a curse… Estamos de volta! No segundo episódio do nosso especial de halloween da Sessão Classic, vamos tratar de Castlevania II: Simon’s Quest!

O jogo foi lançado aproximadamente um ano após Castlevania, para Famicom, ou seja, em 1987, e um ano depois no Ocidente, para NES, em 1988. Ao contrário do seu predecessor, Simon’s Quest só foi portado para o Virtual Console e PC.

A história de Castlevania II se passa 7 anos após o primeiro jogo, onde Simon Belmont sofre de uma maldição imposta por Drácula na sua última batalha, e está próximo da morte. No cemitério de seu clã, Simon encontra com uma misteriosa mulher, que lhe diz que para anular a maldição, ele terá de trazer Drácula de volta à vida, juntando as 5 partes de seu corpo espalhadas pelo mundo. Enquanto isso, aliados do grande vampiro ameaçam mais uma vez a terra.

O estilo do jogo é completamente diferente do primeiro, e se destaca até hoje, tendo elementos de RPGs e Adventures, prezando a exploração e a interação com NPCs, tendo um mundo relativamente vasto em detrimento de fases lineares, e o jogador se vê obrigado a retornar várias vezes a certos lugares, com os itens certos, lembrando um pouco Metroid.

Os controles básicos ainda são os mesmos, um botão para pular, outro para bater com o chicote, e movimentação com direcional. As armas secundárias ganharam outras funções, como a água benta, que serve agora para revelar blocos falsos (extremamente útil em certos castelos, onde você tem que catar os pedaços de Drácula). As melhorias do chicote podem ser obtidas nas lojas espalhadas pelo mundo. As partes de Drácula também podem ser utilizadas em favor de Simon, o auxiliando com efeitos especiais, como o escudo que surge a partir da costela do vampiro (lógica de videogame, mais uma vez).

As versões (americana e japonesa) também tem diferenças entre si. Apenas o cartucho japonês possui função de salvamento, enquanto que a americana, mais uma vez, tem que confiar em um sistema de passwords. A causa disso é por causa dos cartuchos. O cartucho de Famicom possuia melhor memória para acesso rápido, de modo que a trilha sonora também é melhor do que a do cartucho de NES. Outro problema é a tradução. A localização para o inglês foi bem mal feita, o que gerou um bocado de críticas no lançamento do jogo, principalmente por ser muito críptico, e não possuir dicas claras a respeito do que se deve fazer em certos lugares. Enquanto que na versão americana, nem todos são mentirosos, na japonesa, todos os NPCs mentem. Quem aí não lembra da parte em que Simon tinha que se ajoelhar para convocar um tornado?

À título de curiosidade: a boxart de Castlevania II é bastante parecida com a arte de um dos módulos de Ravenloft, de Dungeons & Dragons, fato que nós já elucidamos em uma de nossas postagens do Guru Gamer:

Fechando o episódio de hoje, Simon’s Quest, com um walkthrough do lado, é um jogo bastante interessante, apesar de ser a ovelha negra dos clássicos, da mesma forma que Legend of Zelda II: The Adventure of Link, e vale a pena ser conferido. Então é isso por hoje, pessoal! Não percam o próximo episódio, onde voltaremos às origens com as aventuras de Trevor Belmont, em Castlevania III: Dracula’s Curse!

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Artista, modelador e apreciador de todos os estilos de jogos. Tem um diploma de graduação em biologia guardado em algum lugar. Só não sabe onde.
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