Ontem (07), a internet entrou em alvoroço – como de costume – após Christopher Dring, cofundador do The Game Business, afirmar que os jogos first-party da Microsoft não estariam sendo considerados nos cálculos de lucro do Xbox Game Pass, colocando em dúvida a sustentabilidade do serviço.
Diante da repercussão, Dring voltou a se pronunciar. Segundo ele, suas fontes confirmaram que os títulos first-party realmente são tratados como uma categoria separada nas análises internas, mas ainda assim são levados em conta no cálculo final da rentabilidade. Ou seja, mesmo considerando os impactos financeiros desses jogos próprios, o Game Pass continua sendo lucrativo para a Microsoft.
Dring também revelou que essas informações são de mais de 18 meses atrás e sugeriu que a situação pode ser ainda mais favorável hoje. Isso porque diversos títulos da empresa também estão sendo lançados no PlayStation 5, o que ajuda a melhorar os resultados financeiros dos estúdios envolvidos.
Ok, preciso corrigir/esclarecer algo. Primeiro: o Xbox Game Pass é lucrativo, mesmo quando se leva em conta as vendas perdidas dos jogos das equipes first-party, segundo fontes que sabem do assunto me disseram.
Há mais de 18 meses, eu verifiquei com o Xbox o que está incluído no P&L (lucros e perdas) do Game Pass. Basicamente, eu queria saber se os custos do Game Pass levavam em consideração o impacto nas vendas unitárias dos estúdios internos. Disseram-me que os jogos first-party têm seu próprio P&L separado do Game Pass, pois geram receita por outros meios. Achei que esse detalhe de contabilidade interna poderia significar que o Game Pass é lucrativo, mas isso certamente pressiona as margens de lucro dos jogos internos e POSSIVELMENTE significa que alguns estúdios não lucram tanto (ou sequer lucram).
Isso não importa tanto na prática, mas ao ver o impacto que o Game Pass estava causando nos jogos first-party — e a quantidade de dinheiro que o Xbox estava gastando com estúdios —, eu quis verificar se o impacto total do serviço estava sendo considerado quando diziam que “o Game Pass é lucrativo”.
(E isso foi antes de o Xbox começar a publicar totalmente no PS5. Agora os estúdios podem ter margens melhores com vendas premium graças a essa mudança.)
Mas, independentemente de tudo isso, fontes me procuraram para dizer que, mesmo quando se incluem as receitas perdidas associadas aos jogos first-party (não só vendas unitárias, mas também microtransações), o Game Pass ainda assim é lucrativo. Então… isso é ótimo!
Certo. Tony Hawk foi lançado. Vamos voltar a falar disso!
Com isso, a polêmica foi esclarecida: sim, o Xbox Game Pass é lucrativo – ao menos de acordo com os dados que Dring teve acesso. Resta saber se esse lucro atende às metas internas da Microsoft, algo que só a própria empresa poderá confirmar publicamente no futuro.