Sakurai acredita que a IA generativa pode salvar a indústria dos games

Gabriel Kreyssig Romualdo (@budabytett)
Gabriel Kreyssig Romualdo (@budabytett)

Masahiro Sakurai é um dos nomes mais icônicos da indústria dos games. Criador de franquias consagradas como Kirby e Super Smash Bros., o desenvolvedor japonês atualmente se dedica ao seu canal no YouTube, onde compartilha gratuitamente seu vasto conhecimento com as novas gerações.

Em entrevista ao Yahoo Japão, Sakurai foi questionado sobre o futuro da indústria, em um cenário onde o desenvolvimento de jogos se tornou cada vez mais desafiador e custoso. Sua resposta surpreendeu: ele acredita que o uso de inteligência artificial generativa pode ser uma possível salvação para o setor.

“Para ser sincero, é difícil prever o que acontecerá no futuro próximo. Acho que, se tentarmos criar um jogo em larga escala como os atuais, ele exigirá muito esforço e se tornará insustentável. Acho que não podemos continuar assim, mas, no momento, a única solução eficaz que me ocorre é a IA generativa. Acredito que chegamos a um ponto em que precisamos mudar nosso esquema, como usar a IA generativa para aumentar a eficiência do trabalho. E acredito que esta será uma era em que somente as empresas que conseguirem responder bem a essa mudança sobreviverão.”

Ao ser perguntado sobre o mercado de jogos independentes, Sakurai também apontou dificuldades. Segundo ele, destacar-se em meio à enxurrada de lançamentos indie anuais é uma tarefa árdua, tão imprevisível quanto o cenário dos jogos AAA.

“O mercado de jogos indie também tem seus desafios. Com mais de 10.000 títulos lançados a cada ano, é extremamente difícil se destacar. Jogos indie têm o apelo da liberdade e da criatividade, mas também exigem muito esforço, sorte, um alto nível de conclusão e se destacar na multidão para ter sucesso no mercado. Nesse sentido, tanto projetos de grande escala quanto indies enfrentam uma realidade imprevisível de maneiras diferentes.

A opinião de Sakurai chama atenção, especialmente por vir de uma figura tão tradicional e influente no setor. Ele defende o uso da IA como uma ferramenta de apoio ao desenvolvimento – e não como uma solução definitiva –, sinalizando uma possível transformação na forma como os jogos são criados.

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