Terra Média: Sombras da Guerra (XONE, PC, PS4) – Análise

Pedro Varoni
Pedro Varoni
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Lançado como sequência direta de Sombras de Mordor, Terra-Média: Sombras da Guerra continua a jornada de Talion e Celebrimbor em sua missão para derrotar Sauron. O jogo retoma exatamente de onde o anterior parou: a dupla forja um novo anel do poder com o objetivo de ter força suficiente para enfrentar as forças sombrias da Terra-Média. No entanto, sua missão esbarra em desafios inesperados — entre eles, a figura de Shelob, que aparece de forma humana, gerando controvérsias entre os fãs mais puristas de Tolkien.

Jogabilidade e Estrutura

O cerne da jogabilidade permanece similar ao antecessor, com combates em terceira pessoa que remetem ao estilo fluido dos jogos Assassin’s Creed e Batman Arkham. A grande estrela do jogo, mais uma vez, é o Sistema Nêmesis, que agora está mais robusto, permitindo rivalidades complexas com capitães e chefes do exército de Sauron. O jogador pode recrutar, manipular e enfrentar esses inimigos em batalhas memoráveis e inesperadas, criando uma experiência única para cada jogador.

Além disso, há uma evolução nas mecânicas de combate, na progressão de habilidades e na variedade de atividades, como a conquista de fortalezas e a construção de exércitos personalizados. Mesmo que a curva de aprendizado seja um pouco íngreme para novatos, o jogo recompensa o esforço com uma sensação constante de progressão.

Aspectos Técnicos e Visuais

Visualmente, o jogo entrega cenários amplos e variados, mas os gráficos não chegam a impressionar como deveriam — especialmente considerando o porte da produção. O design dos ambientes e inimigos, apesar de funcional, carece de polimento em certos momentos. Já a direção de arte toma liberdades que podem desagradar os fãs da mitologia tolkieniana, como a já citada forma humana de Shelob.

Outro ponto criticável é a presença de loot boxes, que, embora não comprometam diretamente a experiência de quem opta por ignorá-las, soam como uma tentativa forçada de monetização que pouco acrescenta ao jogo.

Enredo

A narrativa, infelizmente, é o ponto mais fraco da obra. A história avança de forma previsível e pouco envolvente, tomando liberdades criativas que podem incomodar fãs da obra original. O desenvolvimento dos personagens principais é superficial, e os eventos, por vezes, parecem estar ali apenas para justificar a próxima batalha.

Conclusão

Terra-Média: Sombras da Guerra é um jogo sólido, com uma jogabilidade envolvente e um dos sistemas mais criativos da geração — o Sistema Nêmesis. Ele pode não agradar aqueles que buscam uma experiência narrativa fiel a Tolkien, mas é altamente recomendado para quem quer um jogo de ação com combates desafiadores, progressão satisfatória e muito conteúdo para explorar.

Esta análise é baseada na cópia de PS4 fornecida pela Warner Bros. Interactive.

Terra Média: Sombras da Guerra
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