Yasha: Legends of the Demon Blade – Análise

Douglas Souza Dos Santos (@Cliffburtonildo1)
Douglas Souza Dos Santos (@Cliffburtonildo1)

Yasha: Legends of the Demon Blade é um Roguelite de visão isométrica desenvolvido pelo estúdio independente 7QUARK e distribuído pela Game Souce Entertainment. Embarque conosco nesta aventura repleta de desafios em um mundo fantástico inspirado no Japão do período Edo!

Preparem suas katanas!

Em um reino onde a tênue convivência entre humanos e demônios sustentava uma paz incerta, tudo muda quando a temida Raposa de Nove Caudas rompe o silêncio. Com um poder ancestral e intenções ocultas, ela lidera uma rebelião devastadora que mergulha o mundo em trevas e destruição.

Cabe aos jogadores encarnar um dos três heróis disponíveis – guerreiros marcados por tragédias, lendas e segredos – e embarcar em jornadas distintas. Suas missões os levarão por territórios corrompidos, enfrentando horrores sobrenaturais e forças obscuras na tentativa de restaurar o equilíbrio perdido e desvendar a verdade por trás da insurgência demoníaca que ameaça consumir todo o reino.

Cinemáticas possuem muita referência e humor / Reprodução: Autor

Espadas e demônios

Cada herói traz consigo uma forma distinta de lutar, refletindo não apenas suas armas, mas também sua essência e história. Cada personagem tem seu arco de história composto por 3 capítulos, onde todo percurso de batalha se repete, alternando apenas alguns movimentos de chefes de um capítulo para o outro.

  • Shigure – Uma ninja imortal que tem a opção de switch de duas katanas demoníacas, com um alto dano que se manifesta em vários tipos de ataques. Após o súbito desaparecimento de seu mestre e uma série de ataques brutais à sua vila, Shigure se vê forçada a abandonar a segurança de seu lar. Movida pela dor e pelo dever, ela embarca em uma jornada perigosa para descobrir a verdade por trás dos movimentos dos demônios – uma busca que pode revelar segredos antigos e mudar o destino de todo o reino.
  • Oni Sara – Uma emissária Oni que possuí dual blades com características diferentes, onde desfruta de uma agilidade acima do normal. Diante da profecia que anuncia o surgimento do próximo Okami – uma figura capaz de abalar o delicado equilíbrio entre os reinos – Sara inicia uma jornada movida tanto por sua ambição como emissária, quanto por um chamado maior. Em sua busca, ela se vê entrelaçada a forças cósmicas que podem definir o futuro de mundos além do seu.
  • Taketora – Um samurai demônio que é o mais diferente dentre os três personagens, onde utiliza ataques de longo e curto alcance com seu arco demoníaco. Determinado a proteger seu senhor a qualquer custo, Taketora enfrenta legiões de inimigos enquanto desafia um ciclo ancestral de maldições demoníacas que aprisionam sua alma. Em meio ao caos da guerra, ele encara o peso do sacrifício, sabendo que a salvação de outros pode significar a perda definitiva de sua própria liberdade.

Cada personagem possuí sua gameplay e dinâmica totalmente diferente um do outro, mas acabam tendo muitas limitações em questão de habilidades, golpes e upgrades de armas.

Emissária Oni Sara é o alívio cômico do título / Reprodução: Autor

Um Roguelite sem alma

Em cada final de rodada, recebemos orbes de alma, que são as habilidades ativas e passivas para cada arma do personagem. O maior problema é que temos uma limitação nessas habilidades, podendo escolher apenas três habilidades para cada arma, limitando e muito as possibilidades de build em sua run.

O jogo também oferece a oportunidade de adquirir amuletos, seja por meio de comerciantes espalhados pelas fases ou enfrentando os desafios da Província de Provações – uma arena especial focada em confrontos contra chefes ou hordas de inimigos comuns. Ao completar essas provações, o jogador é recompensado com duas opções distintas: os Amuletos de Bênção, que concedem melhorias seguras, e os Amuletos Proibidos, mais poderosos, porém acompanhados de riscos significativos.

O jogo apresenta uma seleção relativamente modesta de chefes por capítulo, sendo sete ao todo, e embora sejam bem animados e com movimentações bem desafiadoras, acabam sendo repetitivos com frequência ao longo das horas de jogo. Essa reincidência, apesar de ocorrer em meio a uma jogabilidade sólida e envolvente, pode gerar uma sensação de fadiga com o tempo, quebrando parte do ritmo e da variedade que esse gênero pode oferecer.

Yasha revela limitações ao tentarmos montar uma build interessante para a run / Reprodução: Autor

Death is not the end

Yasha: Legends of the Demon Blade oferece legendas em português de Portugal, permitindo que os jogadores acompanhem a maior parte da narrativa. No entanto, em alguns momentos, a tradução superficial pode causar confusão, tornando a experiência de leitura um pouco desconcertante.

A direção de arte do jogo é satisfatória, mas é nas cinemáticas que ele realmente brilha. As sequências cinematográficas são bem elaboradas, com um alto nível de polimento e detalhamento, proporcionando uma experiência visual bem atrativa.

Sempre bem alimentada para enfrentar hordas de demônios / Reprodução: Autor

Roguelite divertido, porém cansativo e limitado

Yasha: Legends of the Demon Blade apresenta uma jogabilidade envolvente e divertida, mas que, após algumas horas, pode se tornar cansativa devido à repetição dos cenários, inimigos e chefes. A variedade limitada nesse aspecto prejudica o ritmo e torna a experiência mais monótona com o tempo. Embora a trama do jogo funcione mais como um pano de fundo para as batalhas, ela não deixa de ser um suporte para a ação principal. No entanto, os três protagonistas são carismáticos e oferecem estilos de jogo distintos, o que mantém o interesse ao longo da jornada.

Esta análise é baseada na cópia de PC fornecida pela Game Souce Entertainment.

Yasha: Legends of the Demon Blade
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