O CEO da Atlus, que foi recentemente comprada pela Sega, Naoto Hiroaka, postou uma carta aberta no site oficial da desenvolvedora para todos os fãs que apoiaram a empresa no tenso período em que a antiga proprietária, Index Corp., entrou em processo de falência. A carta dizia:
“Como vocês já devem saber, Index Corporation entrou no Processo de Reabilitação Cível no Japão no dia 27 de Junho, e desde então, vem procurado por uma solução em que nos permitiria continuar os nossos negócios, que envolvem o desenvolvimento de grandes jogos.
Atlus tem recebido constantemente apoio e elogios de nossos fiéis e respeitáveis consumidores, e fez grandes progressos no últimos anos. Então, imagino que o recente incidente deve ter surpreendido e preocupado a todos. Para isso, peço as mais profundas desculpas.
Nós criamos um grande relacionamento com a Sega Inc. por muito tempo, especialmente em se tratando do nosso setor de desenvolvimento de jogos aqui no Japão. eu acredito que a colaboração entre as duas empresas agora será mutualmente benéfica pelos seguintes motivos:
- A Sega entende a nossa vontade de alcançar a qualidade desejada, e de expandir a qualidade da marca Atlus;
- Nossas especialidades em desenvolvimento se complementam muito bem;
Nós estamos extremamente satisfeitos por podermos continuar com os negócios, e principalmente por poder exprimir tal fato aos nossos consumidores. Novamente, nó gostaríamos de expressar a nossa gratidão para todos que nos deram apoio.
Atualmente, nós da Divisão de Software para o Consumidor no Japão estamos concentrados em desenvolver futuros jogos, e estamos dispostos a encarar novos desafios para alcançar maiores patamares, e o sucesso”.
Gostei da carta, e da inciativa da Atlus de perseguir novos desafios, agora que tem o dinheiro da Sega no meio. Só tem uma coisa.
Estou com a nítida sensação de que só o Japão vai se dar bem nessa história.
Apesar do que vários jogos da Atlus já foram localizados para o Ocidente (e como sou grato por isso), A Sega já está incomodando muita gente por simplesmente não se importar em lançar jogos por aqui, afinal de contas, ainda estamos esperando PSO2 traduzido, e a Sega já havia prometido isso, e ela mesmo já anunciou que Phantasy Star Nova não tem planos para chegar no Ocidente. É muito bom que a Atlus continue a desenvolver jogos, e ela é muito boa nisso, mas se a Sega não se interessar, da mesma forma que não liga para as próprias franquias de RPG, a chance de ficarmos chupando o dedo enquanto o Japão se esbalda com Persona 5 não é exatamente baixa.
Vamos ficar de olho para ver como vai ser a relação entre desenvolvedora e publisher. Eu espero estar errado. Eu quero estar errado.