Chris Redfield pode ter seu fim em Resident Evil 6

Felipe Felizardo
7 min de Leitura

 

Recentemente publicado em um site especializado em games de terror, Jorge Bocanegra expressou sua opinião de que Chris Redfield poderá morrer em “Resident Evil 6“.  Muitos fãs se revoltaram com a idéia e protestaram contra a morte do herói. Claro. Chris é um dos mais queridos personagens de toda a franquia, se não for o mais querido, batendo de frente até mesmo com o queridinho Leon S. Kennedy. Mas porque logo ele deveria morrer? Porque não Leon ou Ada? O post lá do Rely On Horror traz pontos de vista que são justificáveis para a escolha da morte do personagem, mas levando em conta de que a Capcom não divulgou nada sobre a morte de algum dos personagens. Por enquanto, todos viverão. Mas isso é só até o jogo sair.


Mas antes de explicar tudo vamos recapitular toda a trajetória do brutamontes pela franquia. Chris sobreviveu ao incidente da Mansão Spencer ainda lá atrás em Raccoon City e liderou os S.T.A.R.S. sobreviventes a combater os interesses inescrupulosos da empresa e o super-poderoso vilão Albert Wesker que sempre desejou a dominação total do mundo. Em seguida o agente emparelhou com sua irmã logo após a destruição de Raccoon City, fato em que Chris não esteve presente (sorte dele), e deteu os irmãos Ashford além de bater de frente com Wesker mais uma vez. Anos depois Chris e Jill Valentine, sua parceira dos tempos de S.T.A.R.S., continuaram agindo clandestinamente numa organização anti-Umbrella e foram parar na Rússia com a missão de desativar um laboratório secreto da empresa. Bateu de frente com Wesker mais uma vez e perdeu, mas ele e Jill conseguiram completar a missão.

Chris na época em que ainda fazia a barba e não levantava 300 kg no supino

 

Com o fim da Umbrella e a criação da organização não-governamental de combate ao bio-terrorismo, a B.S.A.A., Chris e Jill se tornaram os primeiros afiliados e passaram a combater ameaças em todo o mundo. Ambos enfrentaram um incidente no navio Queen Zenobia e sobreviveram mais uma vez. Aí que a Capcom fez o suspense todo sobre a morte de Jill, o que causou rebuliço logo na época do lançamento de “Resident Evil 5”. Finalmente a Capcom matou um dos heróis? Não. Jill estava viva e sendo controlada por Wesker. Em meio a uma guerra civil na província de Kijuju, na África, Chris, visivelmente mudado (bombado e com a barba por fazer), já começava a mudar o seu espírito de combate e o que começava a motivá-lo a continuar lutando era o ódio que sentia por Wesker, que era o causador da morte de sua grande amiga. Descobrindo que Wesker planejava infectar o mundo todo, Chris seguiu um rumo diferente em sua missão e acabou levando a competente Sheva Alomar em sua busca por vingança. No fim, Jill estava viva e Wesker fora finalmente derrotado.

Em Resident Evil 5, Chris já começava a distorcer sua motivação de idealismo para vingança

 

Os anos vão se passando e a batalha de Chris não cessa. Bem mais velho e experiente que os demais companheiros de equipe, Chris é promovido a capitão graças ao sucesso de sua missão na África. Mas o que viria a seguir mudaria totalmente o Chris Redfield que todos conhecemos. Chris e sua equipe são enviados para suprimir um protesto de rebeldes na Edonia, um estado europeu, mas a coisa era mais séria do que imaginavam. Os rebeldes obtiveram amostras do C-virus no mercado negro e causaram um acidente biológico, criando os perigosos J’avo. O batalhão de Chris é dizimado e os sobreviventes conseguem escapar com vida. No alto de seus quarenta anos de idade e desolado demais depois do massacre ocorrido na Europa, Chris se mostra odioso e sem esperanças, afogando as mágoas em botecos, fugindo do trabalho. Piers Nivans o encontra e o faz lembrar o herói que sempre foi. De volta à ativa e em busca de vingança, Chris tem uma motivação obscura: matar Ada Wong para vingar seus homens.

Piers Nivans trouxe Chris de volta à realidade

 

Mas Chris já está numa idade avançada para estar atuando em campo de batalha contra monstrengos e tudo mais. Claro que Barry Burton era bem mais velho no primeiro “Resident Evil”, mas a intesidade dos combates não era a mesma. Os reflexos de Chris diminuíram e podemos vê-lo apanhando algumas vezes nos trailers que já foram divulgados. A Capcom matou Wesker, mas vale lembrar que é uma história de vilões e mocinhos, e os malvadões é que se dão mal no final. Sempre. Mas não seria uma má ideia se Chris desse a vida para salvar o mundo do bio-terrorismo. Obviamente este fato tornaria “Resident Evil 6” um game polêmico por conter a morte de um de seus mais velhos e queridos protagonistas. E Chris esteve presente em quase todos os jogos da cronologia da série, sendo o personagem principal ou um coadjuvante com grande importância na trama. Mas apesar de “velho” e deteriorado pelas batalhas, Chris está mais raivoso do que antes, fato que poderá torná-lo cego a ponto de ser esse o suposto motivo de sua queda.

 

Porém, o fim do agente pode também não ser a morte dele como talvez a última aparição de Chris na franquia. Ou seja, Chris já deu o que tinha que dar. Já apareceu demais, lutou demais e sobreviveu demais, caminho que Leon também completará em breve. Se Chris vai morrer, se aposentar, sumir, seja lá o que for, nós, fãs da saga do bio-terrorismo, sempre o trataremos com respeito e lembraremos seus feitos. Porque heróis são heróis, não importa a motivação.

Mas e vocês, jogadores, acham mesmo que Chris deva se retirar da franquia e dar espaço a novos personagens como Piers Nivans ou continuar lutando até depois de velho?

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Jogador de gueimes, conhecedor de survival horror, pai da Cecília, Power Ranger nas horas vagas e muito rico. De saúde.Adicionem na Xbox Live ---> FelipeZardo
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