Suda51 crítica influência do Metacritic na indústria

Gabriel, vulgo Buda (@budabyte)
2 min de Leitura

Goichi Suda, mais conhecido como Suda51, criador de jogos icônicos como Killer7, No More Heroes e Lollipop Chainsaw, concedeu uma entrevista ao portal GamesIndustry.biz e compartilhou suas opiniões sobre agregadores de notas, como o Metacritic.

Segundo Suda, sites como o Metacritic levam as empresas a se concentrarem em fórmulas pré-definidas para criar jogos, sempre buscando uma nota alta, em vez de focarem em criar algo icônico, diferente e divertido.

“Todo mundo presta muita atenção e se importa muito com as pontuações do Metacritic. Chegou ao ponto em que há quase uma fórmula definida – se você quer obter uma pontuação alta no Metacritic, é assim que você faz o jogo”, explicou.

“Se você tem um jogo que não se encaixa nessa fórmula, nesse escopo de comercialização, ele perde pontos no Metacritic. As empresas maiores podem não querer lidar com esse tipo de coisa. Essa pode não ser a razão principal, mas certamente é uma das razões. Todo mundo se importa muito com os números.”

Suda também admitiu que verifica, de vez em quando, as notas que os jogos da Grasshopper Manufacture, empresa onde é CEO, recebem no Metacritic e comentou:

“Às vezes, um meio de comunicação nos deu zero. Isso me faz sentir terrível – por que ir tão longe e nos dar zero?” ele ri. “Mas, fora isso, tento evitar o Metacritic.”

No fim das contas, Suda51 tem um ponto. Muitas empresas valorizam demais as notas agregadas, inclusive oferecendo bônus aos funcionários se uma certa nota for alcançada. Embora as notas possam ser importantes, elas não definem tudo sobre um jogo. Já me diverti com jogos que tinham notas na faixa dos 50 e 60 no Metacritic e me decepcionei com experiências que tinham notas na casa dos 90. O que conta é o gosto pessoal, e experiências únicas como as de Suda51 muitas vezes acabam sendo incompreendidas.

A lição do dia é: joguem jogos, não joguem notas! (Mas não esqueçam de conferir nossas análises, hein?)

Compartilhe esse artigo
Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *