E novamente nos vemos às voltas com esse caso no mínimo absurdo de que games são culpados por ações de seus jogadores. Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, de 13 anos, pode ser o principal suspeito pela morte de seus próprios pais, o sargento da Rota (tropa de elite da Polícia Militar de São Paulo) Luís Marcelo Pesseghini e a cabo da PM Andreia Regina Bovo Pesseghini ontem (05/08). Além dos pais, o garoto teria matado também a avó materna Benedita de Oliveira Bovo, 65, e tia de Andreia, Bernadete Oliveira da Silva, 55, também foram mortas. Marcelo também foi encontrado morto, provavelmente um suicídio.
Entre várias teorias sobre os motivos do crime, inclusive a de que o garoto tinha um sonho de ser um assassino profissional, está a de que o garoto era viciado na série “Assassin’s Creed” e jogava constantemente “Assassin’s Creed: Brotherhood“, jogo onde teria tirado a ideia de ser um assassino. Teoria essa defendida por vários veículos da mídia.
Durante um programa policial diário, o apresentador mostrou às câmeras uma cópia de “AC Brotherhood” e disse: “Esse é um game que está sendo proibido em inúmeros países pelo seu alto teor de violência”. Um programa policial de outra emissora teria afirmado que “os jovens não frequentam mais as igrejas porque os videogames não deixam.”
A polícia ainda não tem certeza da teoria de que Marcelo é o culpado pelas mortes ou se ele realmente tinha essa ambição por ser um assassino como os do game. As investigações permanecem em andamento.
Até onde a mídia consegue ser babaca ao colocar a culpa nos videogames pelo descontrole mental e emocional dos infratores?