Marvel vs. Capcom: Infinite (PC, PS4 e XONE) – Análise

Pedro Varoni
Pedro Varoni
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Lançado para PS4, Xbox One e PC, Marvel vs. Capcom: Infinite é o mais novo capítulo da icônica franquia de crossovers entre a Capcom e o universo Marvel. Apesar de ter sido recebido com desconfiança por conta de suas primeiras aparições e de um marketing conturbado, o jogo final entrega uma experiência sólida de luta — embora não isenta de controvérsias.

Jogabilidade sólida, acessível e profunda

Um dos maiores trunfos de Infinite está em sua jogabilidade. O sistema foi totalmente reconstruído do zero, oferecendo uma estrutura bem diferente do que se via em Ultimate Marvel vs. Capcom 3. O título apresenta novos comandos, esquemas de controle mais acessíveis para iniciantes, e um sistema de luta em duplas (2v2) com liberdade de troca dinâmica entre personagens.

O diferencial das Joias do Infinito

A grande novidade de gameplay são as Joias do Infinito, cada uma oferecendo habilidades únicas que influenciam diretamente o estilo de combate. Elas introduzem duas mecânicas principais: o “Poder Infinito” (Infinity Surge), uma habilidade ativável com um botão, e a “Tempestade Infinita” (Infinity Storm), que altera completamente o fluxo da luta quando ativada com a barra cheia.

Elenco controverso

Um dos pontos mais criticados do jogo é sua seleção de personagens. A parte da Marvel parece excessivamente influenciada pelo universo cinematográfico, com vários heróis e vilões escolhidos por estarem em evidência nos filmes. Isso deixou de fora personagens clássicos como os X-Men, o que decepcionou muitos fãs. Já o lado da Capcom brilha mais, com boas escolhas e até surpresas agradáveis, como X (de Mega Man X) ganhando protagonismo.

Modo história genérico, mas funcional

O modo história segue uma linha cinematográfica, com destaque para a união dos universos Marvel e Capcom em um enredo envolvendo Ultron e Sigma. Apesar de não ser memorável, cumpre seu papel como introdução aos personagens e mecânicas.

Visual e produção aquém do esperado

Um dos pontos mais fracos do título está na direção de arte. Os gráficos foram alvo de críticas desde as primeiras apresentações e, embora tenham melhorado na versão final, ainda deixam a desejar. As expressões dos personagens são rígidas e alguns modelos parecem datados, o que tira parte do brilho de um crossover tão grandioso.

Conclusão

Marvel vs. Capcom: Infinite é um título que divide opiniões. Apesar de um começo conturbado e da ausência de figuras clássicas como os X-Men, o jogo consegue se sustentar graças à sua jogabilidade sólida, inovadora e divertida. O sistema das Joias do Infinito traz frescor à fórmula, e o elenco da Capcom brilha com escolhas certeiras. Ainda assim, é difícil ignorar as falhas visuais e a sensação de que o jogo foi moldado mais pelo marketing do MCU do que pelo legado da franquia.

No fim das contas, Infinite entrega uma experiência competente que pode agradar tanto novatos quanto veteranos dos jogos de luta — mesmo que com algumas ressalvas. Para os fãs da série, ainda vale a pena conferir, especialmente se o foco for a jogabilidade. Mas quem procura um pacote completo, com apelo visual e elenco nostálgico, pode acabar saindo um pouco desapontado.

Esta análise é baseada na cópia de PS4 fornecida pela CAPCOM.

Marvel vs. Capcom: Infinite
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